Vamos conversar?

Vamos conversar?

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Quero mais caronas!


Tô com saudade das minhas caronas!
Sempre que me arrebento e não posso dirigir, recorro a caronas!

Vou contar esta história.

Pra quem me conhece um pouco e sabe do histórico, não é novidade. De tempos em tempos, estou me recuperando de algo. Invariavelmente, fico sem dirigir.

Nesta época de Uber, fica facin facin ir-e-vir de carro pra onde precisar. Mas as caronas… Eita, desculpinha boa pra estar perto de amigos!!!!

Ixi. Será que meus amigos vão ficar brabos com isso?

Pedir ajuda é das melhores coisas que se aprende nestas marés de não poder fazer tudo sozinho. Diria que é uma virtude, mais do que uma fraqueza. Quando se enxerga a si próprio, incapaz de fazer tantas coisas que sempre fazemos sozinhos, que há tempos não precisamos de ajuda, é uma viagem no túnel gostosa e interessante.

Aprendemos a ser muito independentes. Exageradamente, independentes. Eu mais ainda, filha da Dona Estela, tão feminista é cheia de me ensinar a me virar sozinha desde cedo! É bom isso. E não é bom.

É bom aprender fazer de tudo um pouco, ir de peito aberto e não ter medo. Isso ela me ensinou bem. Mas existe um ladinho do coração que pede aconchego, colo e carinho. Um ladinho que fica até com medo de precisar do outro. De pedir ajuda. De mostrar pro outro que ele é necessário na vida da gente. E com isso, criamos muros da independência! Muros que distanciam pessoas próximas porque ninguém mais precisa um do outro nem pra ir junto logo ali, nem pra fazer coisas corriqueiras, tomar um café, ir no mercado, ir-e-vir.

Ops. Corrijo. Café com prosa sempre é bem melhor. Sozinho dá, mas é sem graça! E quanto ao ir-e-vir… Ahhhhhhtahhhhhhhh… Redescobri!!!

O quadradinho preto nestas horas tem sua boa função! Nestes meus períodos de “convalescença” disso-e-daquilo, seguidas vezes, ressucitei este recurso. Tipo… “Como você tá de horário amanhã?” “Tenho médico amanhã, você poderia me dar uma carona?”

Meus amigos que o digam!!!
Foram várias, várias mensagens e telefonemas nestes dias! Explico. Quando não posso dirigir, loooooogico, vou andando a pé pra todo canto que preciso. Mas quando até nisso estou proibida, impedida, a carona é um santo remédio. Ops. Recurso. Ops. Remédio mesmo! Porque não é de ir-e-vir só que se trata uma carona… É muito mais!!!

Caronas carregam pessoas de-um-lugar-pra-outro. Certo? Errado!
Caronas abrigam conversas! Reatam laços. Aproximam na desculpa de ir ajudar a amiga aleijadinha, de novo, mas o que fazem de melhor é juntar pessoas, desenrolar boas prosas, ver gente que fazia tempo que não via, ver gente que gostaria de ver mais vezes, ver gente que quero ver sempre!!!

Caronas são uma desculpa boa que precisei pra uma coisa e me fizeram bem pra outra. Precisar do outro é um aprendizado rico. Pedir ajuda, algo esquecido neste mundinho tão auto-suficiente. Muita gente que não arrumaria tempo pra uma visita, arruma quando é pra ajudar! Quer coisa melhor? Saber de corações tão bons dispostos a ajudar???

Vou já avisando! A todas as minhas caronas! Irmã, aluninha que alfabetizei, colega de trabalho de quinhentos anos atrás, professora que virou amiga, colega de facul, parceiro de pedal, vizinha que virou amiga, gente que aparecia de nada… Não pretendo me quebrar ou arrebentar de novo! Mas olha que minto uma mentirinha se for pra raptar uma conversa boa de novo com vocês!!!

Se receberem uma mensagem, ou um telefonema, “quero carona” de novo, pode ser que seja um trote!!! Só pra ter de novo a companhia boa por algumas horinhas!!!!

Em tempo.
Tantos carros trafegando nas ruas com uma só pessoa dentro. Sozinha e solitária. Tempo bom era quando enchíamos o carro (até o porta-malas!) pra ir-e-vir pra facul, ou de um centro ao outro na UEL, nas andanças por aí, carro de pobre e rico de conversa e vida!

Quem nuca andou com o carro atolado de gente, gente sentado em cima de gente, no colo, apertado, tudo duro de grana, mas tudo junto por uma boa causa, uma boa festa, não perder a hora da aula lá longe???

A gente tem de derrubar os muros! Muros de aço nos carros, redescobrir quem vai perto, quem poderia ir junto, encher o carro de novo, estreitar laços com vizinhos, amigos, colegas de trabalho, de facul, passar mais tempo conversando e se aproximando…

Não adianta nada ter ganho segundos, minutos e horas, cada um tendo seu carro próprio, pra levar mais rápido num caminho que você vai sozinho.
Ainda penso e acredito que o caminho é mais gostoso quando se vai junto de alguém!

A carona me faz bem!!!

2 comentários:

  1. Olha só, me lembrei das caronas q vc dava p nós qdo trabalhavamos juntas... época dura, somente ônibus e quem ia de carro dava carona e a farra estava feita...tudo era aventura.Me lembro de uma colega,a Patricia , não sei se vc ainda está trabalhando lá.Ela foi de carro, um fusquinha incrementado, descemos a todo vapor o terminal do Gaveti ao som de Elvis Presley, e eu perguntei" q legal, não sabia q vc dirigia Patricia!!!" É ela respondeu: aprendi neste final de semana.Silencio total no carro..eu ,Rachel,Adriana e Junior afff q gostosooo eram as caronas...( Silvana)

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    1. Nossa! Que memória você tem, Silvana!!! Lembro que eu ia de garelli III uma motoquinha, uma mobilete também. Vixi. Quantas histórias de carona temos!!! Muitas risadas, muitas aventuras!!!

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