Vamos conversar?

Vamos conversar?

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

O copo. Meio vazio? Ou meio cheio?




Sabe a história do copo?

Meio cheio?

Ou

Meio vazio?

Faz toda a diferença como você vê o espaço.

Que falta?

Ou

Já preenchido?


Este tempo...

De parada?

Ou

De pausa?

Parou?

Ou

Está apenas respirando, retomando o fôlego pra prosseguir melhor ainda?


E esta falta de vento e estrada. Pra quem é de vento e é de estrada? Como faz?

Tem ausência, sim.

Mas tem lembrança. Muuuuuita lembrança.

Que não é saudosismo melancólico. Que lamenta, lamuria que não está fazendo nada. 

Mas que aproveita aquecer o coração com tantas lembranças de tantas andanças, pedalanças, mochilanças afora.


O espaço pode ser um vazio. Uma ausência.

Ou.

Pode ser a possibilidade de preenchê-lo ainda mais?

Percebe?

Fins podem ser apenas inícios disfarçados. Que anunciam boas novas a acontecer.


Se fosse em rolinho de filme de 36 poses, eu teria muitos negativos guardados revelando cenas vividas de verdade.

Foi-se a época da fotografia analógica. Vem a digital.

E o mergulho por imagens são sempre envoltos de histórias.

A vivida naquele momento.

A lida por quem se depara com a imagem.

E vice versa.

Porque mesmo a mesma cena provoca um personagem diferente daquele instante que já se foi.

É por isso que escrever é infinito. Como a história do rio e do barco. A história nunca se repete. Nem um, nem outro se encontram novamente. Pois ambos retornam num novo encontro, como passantes diferentes.


Copo meio cheio?

Ou.

Meio vazio?


A vida assim é.

Depende do olhar.


Saudade?

Ou

Lembrança?

O óbvio assusta


Tem horas que é preciso mudar o ângulo, sair do ponto, considerar a vírgula, sobrevoar a si mesmo num vôo solo e solto pra poder enxergar.

O óbvio assusta.

Pensamentos decidem.

Desejos são as palavras que falamos. Muito mais do que as que desenhamos para que todos vejam.


A boca fala daquilo que a alma está cheia.


Inverta.


A alma fica cheia daquilo que fala a boca.


Dar forma às palavras em fala, prosa e verso. De tão certo, de tão perto, boca e coração, alma e mão, andam juntas. Palavra e coração.


É preciso ter a humildade suficiente para olhar-se no espelho das redundâncias. Nas repetições de inconstâncias pra entender. Há fatos que não precisam ser. Há fatos que são sem se perceber.


Embora e embora.

Uma fala que vai partir.

A outra dá uma segunda chance.

-Vou embora - diz uma.

-Embora você não mereça, eu fico - a outra permite.


E o jogo mais difícil de entender, o das palavras ditas sem ser mostrarem. E as que não são ditas por olhares. Um jogo. De medos e perdas. Que seguram. Inibem. Destroem sem se tentar. Que deduzem perdas por medo. Que abrem a porta para aquilo que acreditam.


A porta mais difícil de passar é esta. A do atrevimento. De ir mesmo que seja bobo. De acreditar mesmo que pareça louco. De ir mesmo que não pareça lógico. E de todos dizerem que não. Ou fazerem o oposto. De ousar passar mesmo que do lado de cá, haja certezas e conforto.


Quem foi que disse que seja o fácil, o melhor?


E as palavras se repetem em formatos e alfabetos diferentes. Mas a tradução é sempre igual.


Qual seria a palavra que resume o que todos e cada um quer nesta vida?


Pense na sua.

O pensamento é o mais rápido desejo que o cérebro produz e dá forma e dá forma em sentimento.


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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

E... Se?

 



E...se...

Eu cair?

Como saber, se não ir.


E se o tempo fechar?

E se ele estiver apenas fechando a cortina pra você ir lá desvendar?


E se for difícil?

E alguém aprende com o que vem fácil?


E se eu me perder?

Dá pra aprender até mesmo onde você nunca esteve.

Na verdade, foi me perdendo que me encontrei...


E se acharem que sou louco?

Ué? A recíproca não é verdadeira?


E se eu caminhar sem parar e não chegar a lugar algum?

O caminho inteiro eram lugares. E você encontrou todos.


E se chegar ao fim?

É bom você chegar a ele carregado de certezas feitas, ao invés das traidoras dúvidas que te prendem os pés na incerteza que te acusa de incapaz.


E se chegar ao fim cheios de "ses" sempre terá estado a espreita do precipício. Na curiosidade angustiante do não saber o que há lá. Na eterna dúvida de se...


Saberia levantar.

Se haveria sol ou chuva.

Se o deleite seria com um ou outro.

Se desataria nós de aprendizado.

Se encontraria tesouros dentro de si mesmo.

Se gargalharia da loucura alheia.

Se se apaixonaria por cada lugar, por cada sorriso recebido. Por cada respirar permitido por ter ido.

Se o fim era mesmo a plaquinha lá no final. Ou se era a inicial. Aquela que você colocava a cada vez que parava diante da placa do "se".


A vida é um sopro.


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