Malagueta é nome da pirralhinha peluda que passeava no lago outro dia. Com ela, uma simpática senhora que fácil, fácil, puxou prosa comigo. Justo comigo! Que nem gosto de um dedinho de prosa!!!
Dona Simei foi logo me contando a história de seu nome. Se puser um “h” no meio, vira “Shimei” que significa “missão”. Nunca mais me esqueci!
Contou-me que mora logo ali, do ladinho do lago. E que aquelas plantas aquáticas no córrego, quem as “plantou” foi seu marido.
Outro dia, de novo no lago, de longe avistei Malagueta e ela. Rapidinho estávamos lado a lado, de prosa de novo! Algumas pessoas parecem nos puxar pra perto delas, tão carismáticas que são!
Desta vez, ganhei novas histórias e até uma cantoria dela, uma seresta que que me deu a honra de ouvir. Acompanhada, de quebra, de uma canja em japonês! Uma melodia japonesa…. Pode? Que riqueza!!!
O sol estava exibido! Quentinho no inverno, convidando a ficar mais! Uma combinação que fazia não querer ir embora! Boa companhia, boa prosa, histórias ricas… Ahhhhh!!!
E aí, ao nos despedirmos, um convite sincero que cansamos de ouvir, sem nunca aceitarmos…
-Moro ali - e me apontou sua casa - passe lá tomar um cafezinho!
Mais que depressa, aceitei e prometi:
-Vou sim!!! Vou mesmo! Apareço qualquer dia!!!
Saí feliz e com mais um cafezinho combinado pra “qualquer dia” destes…
Li outro dia algo que um grande amigo escreveu. Que fotografar tem despertado nele uma visão mais aguçada, sensível, percebendo detalhes e a beleza que passava despercebida ao lado. Exato! Tenho a mesma sensação. Para fotografar e para escrever! Não apenas passo, agora. Parece que os canaizinhos todos estão ligados na sensibilidade máxima para captarem, captarem, captarem…
Me pego então, pensando… E estes cafezinhos todos que vivo combinando pra “qualquer dia”??? E já escrevi sobre isso!!!
http://clicandoeconversando.blogspot.com.br/2017/06/qualquer-dia.html?m=1
Então, passeando de novo no lago, termino onde??? No portão de Dona Simei! Bem na cara dura! Esta que antigamente tínhamos e fazia nos aproximarmos mais sem tanto mimimi, visitando as pessoas, apenas! Sem avisar. Sem ligar antes, perguntando se podia passar! Indo e só! O máximo que podia acontecer era não achar a pessoa em casa. Coisa rara! Não havia constrangimento de receber as pessoas na casa do jeito que estava!
E olhe só! Café e bolo! Uma mão inteira de prosa e não só o dedinho de prosa que gosto tanto!!!
Ela é seu marido contaram-me histórias e causos. Mostraram-me fotos da família e suas viagens! Campistas a vida inteira, conhecem o Brasil inteiro!!! Ele mostrou-me a oficina onde produz cajados esculpidos em galhos brutos que traz da fazenda. Com formas variadas de bichos!
E aquele cafezinho do qualquer dia aconteceu!!! Me trazendo uma tarde tão inusitadamente gostosa que pede bis!
Então, mais certeza tenho. Nos “quaisquer dias” que empurramos pra frente, escondem-se surpresas deliciosas que estão prontinhas pra acontecer. É só fazer virar “hoje é o dia”!!!
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