Vamos conversar?

Vamos conversar?

domingo, 31 de julho de 2011

Percurso comentado da Meia Maratona de Londrina

O percurso da meia maratona de Londrina
Não tenho a pretensão, aqui, de descrever tecnicamente o percurso dos 21km. Não me atreveria! Porque minha percepção me leva muito mais pelos caminhos que o coração vê do que o que as pernas percorrem... Logicamente, percebo as subidas, as descidas e buracos. Afinal de contas, percorri por várias provas por aí, dentre maratonas, meia e revezamentos nas praias e alguma coisa a gente sempre aprende. Mas, longe de mim, tentar fazer um comentário a ser esmiuçado e medido e, logicamente, criticado. Tenho, sinceramente, me envolvido de coração e alma nesta maratona. Mas cansa-me ver e ouvir pessoas bem menos dedicadas a colaborarem com a maratona, apenas criticando-criticando-e-criticando!!! Ao invés de arregaçarem as mangas e pernas de suas calças e entrarem juntos na briga desde o inicio, investindo tempo, saliva, sola de sapato e noites não dormidas para escreverem a maratona de Londrina. Esta mal-fadada, criticada que saiu da boca de uma inexperiente corredora amadora e amante da corrida, ao invés de sair da boca de gente bem mais, muito mais rodada... mas muito menos dedicada a investir tempo, papel, neurônios e até dias de trabalho faltados na busca de se realizar um sonho. Ainda que ouvisse de “amigos” de corrida, risadinhas irônicas e desconfiadas e torcedoras de que ela não acontecesse! Peço que me perdoem os que sempre me viram otimista. É apenas um desabafo que nada tem a ver com os amantes da corrida, de verdade que são os entusiastas de hoje que apóiam e VIVEM a maratona comigo...
Bem, falei! E agora vamos ao percurso!
A grande vantagem da Maratona ter começado no Catuaí se aplica na meia maratona. Porque a largada está num dos pontos mais altos da cidade. Mas a chegada da meia encontra-se num ponto bem mais baixo, próximo da altura dos lagos, junto ao Centro Cívico. O que dá uma vantagem perceptível a olhos nus, aos corredores.
Largando do Shopping Catuaí, o percurso prossegue em direção a UEL, passando pela frente da cidade universitária e adentrando nos Centros de Exatas, Humanas e de Educação Física. De lá começa uma descida boa, por volta do km 5, indo em direção aos lagos; a parte mais bonita de todo o trecho e onde familiares podem aguardar para fazer a maior torcida por ser a região tida como a menina dos olhos do londrinense. Os lagos se distribuirão em torno dos km 6 a 10, sendo que próximo ao km 7 o corredor se deparará com a primeira subidinha leve em direção ao primeiro lago, entre a Fábrica Um e a Faria Lima.A saída dos lagos é que trará a primeira subida mais forte. E a passagem pela JK indicará a parte mais forte de todo o trecho dos 21km, que é a subida da Piauí(em torno do km16 até o 18), passando pela Higienópolis até chegar à Avenida São Paulo e completará a subida, chegando junto à Catedral. Aí começa a “baba”! Mamão com açúcar, dirão alguns! Da catedral até a chegada, no Centro Administrativo, na Duque de Caxias, são aproximadamente 3,5km de descida... No máximo, um plano. Mas um trecho bom para soltar e curtir a sua primeira meia na sua cidade, seus primeiros 21, ou a sua preparação para a maratona do ano que vem!
A largada cedo favorecerá os corredores que temem o calor tão típico de nossa cidade. A passagem pela UEL é agradável, arborizada e sem cruzamento de trânsito. Tranqüila, espera-se. A Castelo também é uma via que não costuma concentrar trânsito logo pela manhã. E, dependendo do tempo que se leva para fazer 8km, será o tempo para estar correndo no templo dos corredores de Londrina: o Lago Igapó! A passagem para o centro histórico requisitará técnica e experiência para encarar uma subida longa e não tão conhecida pelos corredores, uma vez que o centro “velho” não costuma ser o palco das corridas na cidade.
Aproveite para contemplar o cenário! Você passará pelos pontos históricos e turísticos da cidade. A Catedral Metropolitana, o Museu de Artes que é o antigo prédio da Rodoviária de Londrina, pelo Museu Histórico e pela Praça Tomi Nakagawa, construída na ocasião da comemoração dos 100 anos de migração japonesa no Brasil, caracterizando um espaço da cultura e arquitetura deste país. Ao virar a Duque, quem prestar atenção poderá enxergar a cidade de décadas atrás. Os prédios que compreendiam o comércio da cidade, em torno da Sergipe e Duque de Caxias. A passagem pela Avenida Bandeirantes anuncia que a chegada se aproxima. Somente descida! Que está prevista para acontecer junto ao pátio da Prefeitura.
Se você tem familiares e amigos que pretendem assistir a sua largada e sua chegada, fique atento a isso! A largada é num local e a chegada noutro. Mas programando bem e informando-se com antecedência das ruas que estarão fechadas e abertas no dia da prova, você poderá articular e planejar que saiam do Catuai para deslocarem-se até a Prefeitura para te esperarem. Cuidado, muito cuidado para traçar o itinerário pelo qual passarão para evitar aborrecimentos no dia! Se tiver dúvida, combine de onde assistirão a prova.
E lembrem-se que o percurso dos 5km se concentrarão próximos ao Catuai e de que os 42 prosseguirão da prefeitura passando pela UNOPAR/PIZA, Via Expressa, Jardim Botâqnico, arredores do Jardim Guanabara e Madre Leonia, Ayrton Senna para chegarem de volta ao Catuai. Mas o percurso dos 42, comento depois.
Espero que o breve comentário colabore em algo aos que não conhecem o percurso ainda. Lembrando aos corredores londrinenses que sempre é interessante passar pelo percurso, conhecê-lo, na ”chinela”, ou na sola do tênis, para “sentir”o chão, a subida e o seu corpo no percurso!
Bons treinos! Boa corrida!

Por que inventaram o escrever?

Vou ouvir mais a voz do coração. Prometo! E já me resignei: minha casa nunca será um primor, impecável e tão arrumadinha porque muitas das vezes que intenciono organizar a bagunça “visível”, a bagunça invisível, interna grita e pede para falar e ser posta pra fora. Conclusão: apesar das minhas juras de que ontem seria o dia “D” em que eu não sairia de casa enquanto eu não organizasse toda a bagunça e pusesse ordem em papéis, contas, roupas espalhadas, havia tanta e tanta bagunça interna pedindo – implorando – para ser enxergada que estou até agora que nem chafariz!!! Espirrando fluídos e jatos de letrinhas cuspidas para fora!
Explico: comecei o dia com uma missão que recebi. Transcrever sentimentos. Mas não os meus. Os de uma pessoa que me pediu para fazer por ela. Porque o que falta a algumas pessoas não é, de maneira alguma, o sentimento. Mas o saber escolher e tecer com as palavras a trama que o revele, o transmita ao outro. Conhecedora da minha paixão pelas letrinhas me incumbiu dessa missão. Em duas breves conversas me expôs o que pretendia dizer. Anotei palavras chaves. E, desejando cumprir esta missão que, particularmente, me é muito mais prazerosa do que arrumar a casa, acordei empolgada e decidida em fazê-lo!
Sem entrar em grandes detalhes sobre o que escrevi, mas sobre o que aconteceu devido ao que escrevi, hoje, mais uma vez, ao invés de pegar quaisquer cinco minutinhos para me dedicar a organizar a bagunça adiada e adiada, acordei sem grandes pretensões, porque vou daqui a pouco trabalhar (Sim! Num domingo! Porque alguns sacrifícios são precisos sem serem assim, tão intransponíveis!). Tomei aquele café da manhã, papeei um monte com meu filho e ao saber que teria algum tempinho a mais antes de ter de sair, a sede de letrinhas falou mais forte do que qualquer outra. E cá estou eu para dedilhar sobre algo que mexeu tanto comigo.
Escrever é uma arte. Alguém duvida? Porque se bem usadas, as palavras fazem viajar tanto quanto o fazem as imagens colhidas ou representadas por quadros, desenhos e fotografias. Incitam lembranças! Assim como o fazem os aromas, os perfumes que numa mágica inexplicável, buscam lá do fundo da alma a suave lembrança de um tempo onde ele foi sentido ou percebido. Seja o perfume que um antigo amor usava, o cheiro gostoso da comida da avó que cozinhava no fogão à lenha, o cheiro da chuva que remete à infância sapeca dos banhos de chuva, ou do mato, do mar dos lugares por onde se passou. As palavras traduzem os momentos. Levam por caminhos. Indicam passagens. Transportam aquele que lê aos sonhos e dos sonhos às conquistas. Pelo simples fato de poderem ser uma ferramenta da alma. Exagero meu? Pode ser! Atribuir às palavras tudo o que se atribui à alma. Mas ao fazer isso, o que pretendo é dizer que as palavras agem como porta-voz. Expressam! Põem fora aquilo que não se pode fazer, quando o corpo trava, ou não sabe dizer quando se está face a face. Por isso, inventaram o escrever! Para poder dizer depois, antes que se esqueça! Algo imprescindível. Inadiável. Fundamental. Fazer anotações, recados, contas. Registrar aquilo que não se quer perder. Aí, algum poeta inventou de começar a usar as palavras para registrar os sentimentos. Porque ele poderia aceitar até de perder contas no meio do caminho. Mas sentimentos, não! E aí começa o longo namoro entre palavras e sentimentos...
Bem, dizia que aceitei o pedido de transcrever sentimentos! Tenho o costume de ouvir pessoas falando, seja em discussões de assuntos de trabalho, escola, reuniões a respeito de algo a ser relatado depois e ir anotando. Já dando forma e ligando as idéias. É algo que eu faço naturalmente. Capto. Clico, diria. E transporto ao papel. Passei a fazer isso com os sentimentos. Toda vez que eu via algum amigo passando por algum momento onde eu desejasse dizer algo sobre aquele momento marcante, sabia que eu o faria melhor por escrito do que falando ao vivo. Então, passei a alimentar o hábito de falar em forma de cartas às pessoas. Absorvendo tudo o que via e relatando em metáforas, passeando em palavras, pintando e desenhando a tela clicada. Funcionava bem! Conseguia captar flashes que, muitas vezes, a própria pessoa não havia percebido. E cada vez eu fui me apaixonando mais e mais pelas palavras. Meu namoro com elas continuou e como num caso de amor complicado e paciente, fui displicente, muitas vezes, deixando de lado isto que fazia tão bem. A quem escrevia e a quem lia. Mas aquilo que é inerente na gente pode ficar ali, paradinho, quietinho. Mas não se cala. Não morre. E, se abafado, num efeito contrário, explode tal qual vulcão!
Seu eu fosse um pouquinho mais disciplinada, escreveria todo dia! Pois todo dia me pego falando sozinha, viajando em histórias, em conversas, em cartas que falo sozinha, quando tenho algo latente querendo ser posto para fora. As pessoas que convivem comigo acabam sabendo disso. Algumas conhecem um pouco do que escrevo. Nem sempre isto é tão visível ou claro. Escrever revela. Pôr-se no papel é um misto de ousadia. Pois se diz e não se diz. Escreve-se também nas entrelinhas...
Então, neste final de semana, passei por uma experiência inédita! Já havia escrito sobre os sentimentos dos outros, mas de forma a lhes falar de mim para eles. Mas transcrever os sentimentos de outra pessoa para outra além era novo para mim. Queria acertar! E os caminhos foram ditos. E uma regra dada; na primeira pessoa!
Bem, não tenho dificuldade alguma em viajar nas palavras. Creio que de alguma forma, dei uma de ator que incorpora o papel e representa tal qual manda o script. Senti o sentimento relatado. Vislumbrei as passagens. Escrevi. Não estava ainda tão certa se havia escrito demais ou de menos. Mas concluí. Mandei uma mensagem avisando e comecei a me embrenhar em outros escritos no dia.
A minha surpresa maior aconteceu, então, ao final do dia. De tardezinha, já escuro e no meio de uma chuvinha fina, na estradinha que me levava onde meu filho estava, tocou meu celular. Parei no acostamento. Era a pessoa para quem eu havia escrito por ela. Ela havia acabado de ler! Estava emocionada. E conseguiu emocionar-me, tal e qual! Pois disse para mim que eu havia conseguido captar exatamente o que ela escreveria se soubesse usar as palavras certas para escrever... Que mesmo com o pouco que conversamos, com o tão pouco que havia ouvido, tinha conseguido pegar a idéia, o sentimento e por pra fora tantas coisas que ela sempre gostaria de ter dito! O que mais me surpreende é que não é uma história que eu conheça tanto assim! A propósito, eu não tenho o hábito de conversar sobre. Mas não é a capacidade de eu ter conseguido absorver a idéia e transcrevê-la que me impressiona. É o que as palavras proporcionaram! Fizeram a conexão dela com aquele a quem ela queria expressar seus sentimentos. E reforço, de novo! Pois alguém poderia duvidar e questionar a validade de se pedir a outra pessoa para escrever por ela. Eu digo! É válido! Porque o que está em questão não é o saber expressar o sentimento em palavras. Mas tê-lo lá dentro! Sentir cada emoção confessada! Poderia parecer estranho, mas quando ela me pediu, compreendi seu pedido. A ânsia de dizer, sem saber como. E posso dizer agora, quanta honra foi a de falar por ela sobre seus sentimentos... Que prazer é o meu ajudar alguém que ama tanto, sem saber como dizê-lo, assumi-lo e expressá-lo em palavras. Porque quem vai ler não tem de se apaixonar por quem escreve. Mas por quem sente! E torno a me deslumbrar com o poder que tem as palavras. Pois podem fechar portas ou abri-las. Conectar ou desconectar. Aproximar ou afastar. E transmitir as mais profundas emoções quando o tempo não permite que os olhos falem por si mesmos.
Então, me pego com o coração comprimido por perceber que há muito ainda a ser dito. Por ela, por mim, por tantas pessoas que reprimem seus sentimentos, acuadas pela falta de tempo ou de coragem para recusarem a máscara pregada à força na maioria das pessoas. O riso forçado, no lugar da simpatia espontânea. A austeridade, no lugar da firmeza. A seriedade que afugenta, no lugar da sabedoria que acolhe. E cada vez mais, as pessoas têm medo de demonstrar suas emoções. Cumprem os papéis que lhes são incumbidos e anestesiam-se para sobreviverem ignorando que possuem sonhos... Sonhos de amor, inclusive! E relutam em ouvir a si mesmas, crendo veemente que resistirão. Até o dia em que percebem que o tempo é cruel, SIM, co aquele que é cruel com ele também. E que não permitem que ele aconteça no tempo dele.
A conversa vai longe... Mas eu precisava registrar aqui. Que escrever para mim é um grande prazer! Que transcrever sentimentos é algo novo que eu nunca havia feito, mas que mostrou para mim a grandeza de sentimentos de pessoas que eu nunca havia tido a oportunidade de conhecer de verdade. Que expressar é uma coisa. Sentir é outra. Que podem andar juntas. Mas que nem sempre quem expressa o faz, sinceramente. E nem sempre quem não sabe exprimir não sinta. E me fez parar para pensar que posso ser muito injusta ao julgar sentimentos somente pela capacidade da pessoa em colocá-lo em palavras. Amor pode ser vivido em ações, em gestos de atenção, em demonstrações de cuidado e nem sempre vêm traduzidos em palavras às claras. As atitudes, muitas vezes, são mais importantes do que as declarações. E que, na vida, assim como nas linhas, é preciso saber ler nas entrelinhas...
Uma boa leitura para você!

sábado, 30 de julho de 2011

Para quem ainda está pensando se vai, ou não, estrear na maratona, ou que já se decidiu por ir, vá, sinta, extravase, registre e nunca, nunca esqueça de cada emoção que sentir! Será pra sempre!

Chorei, chorei, chorei! Muito mais que na primeira, era misto de dor e incredulidade... A primeira eu estava muito bem preparada, nesta, lesionada nos meses anteriores, forcei a barra. Me permiti ir pra parar no meio, se precisasse. Nao andei, nem parei! Meu tempo foi bem maior... Era preciso eu me dar a chance de ir não pra fazer melhor. Mas, apenas, concluir. Indiferente às discussoes de"em quanto tempo você terminou?"... O espírito de maratonista se faz quando você se determina a vencer a SUA barreira! Superar os SEUS limites, o SEU muro, seja ele de 30k, de 3k, ou de 300m. E, muitas vezes, a bareira não é aquela indicada pelas plaquinhas de km... É aquela que você carrega arrastada lá dentro de você mesmo... Seus fantasmas, seus medos, seus anseios. Encarar uma maratona começa muito antes da linha de largada. E vencê-la se prolonga muito além da linha de chegada. É por toda a vida! Independente se você fez uma, apenas, ou se tem um longo currículo delas... Cada uma é unica! E fazer apenas uma já proporciona esta mágica que se lê nos ohos de quem passa pelo pórtico numa explosão de emoções que se perpetuam...

Na caverna

Sou lá de fora! Mas, ultimamente, tenho me afugentado aos finais de semana, na caverna da minha casa. Motivos? Alguns... E pra exercitar dedos, alma, já que o esqueleto anda mesmo preguiçoso, numa reação compreensível de quem corria demais e foi parada na marra, vou me permitir perambular preguiçosamente e sinceramente, linhas abaixo. Ainda que soe ridículo, bobo e lá na frente não faça sentido! Porque sentido faz, eu por pra fora agora o que transborda...
Pois bem! Por partes:
 Casa? Hiper-mega-ultra bagunçada! Reflexo de como anda minha vida. Tudo fora do lugar, coisas a se descartar engavetadas, ainda! Contas agrupadas, pedindo para serem olhadas, organizadas e controladas! Cuidando apenas do imediatamente necessário. Do tipo “se não fizer, morro”! Como: comida, cama, banho! Necessidades básicas... Na expectativa de iniciar um novo ciclo que só pode ser ameaçado se esta minha bagunça momentânea que dura ciclos não for parada. Se eu não conseguir tirar sapatos, roupas, papéis jogados no meio do caminho do corredor da minha casa pra enxergar o caminho para passar para o lado de lá... Hoje é o dia que escolhi pra fazer isso. Não saio de casa enquanto não por tudo em ordem. E numa necessidade pedindo socorro, estou a dedilhar... Tenho coisas pra por pra fora. Esvaziar ou assumir? É uma mudança, de fato! Ponho móveis velhos fora. Decido por cores novas. E deixo todo o resto pra trás! A casa é apenas o reflexo da minha alma... Estou na beiradinha da mudança... Mas tenho de juntar toda a coragem do mundo pra pular deste precipício e alcançar o lado de lá. Senão eu morro na praia! Com os dedinhos dependurados escorregando por causa de uma bobeira, um descuido meu bem no final!
 Filhos? Admito crises! Mas elas são caminhos a momentos de crescimento. O que vejo que mais me anima é vê-los confiando em mim, ainda que eu erre! Por que passei a permitir que eles errem também! Já passei por fases em que almejava filhos perfeitos. Graças a Deus, parei com isso! Aquela mania boba de querer o melhor pra eles e exigir o melhor deles! Eles têm suas imperfeições e têm tantas qualidades! Amo demais eles! Admiro demais! Orgulho-me deles! Numa contraposição ao que aprendíamos e pregávamos ser o certo: não podíamos nos orgulhar! Não era mérito nosso. E isso achatava nosso amor! Amo! Admiro! Erro! Sofro! E me debato em dúvidas! Mas não desisto de querer estar com eles e passar tudo o que precisarem passar, COM eles!
 Trabalho? É a fase mais gostosa que já passei! Sei que trabalhei em vários locais e em tempos onde me realizava com o que fazia! Como profissional, sempre me posicionei firmemente naquilo em que acreditava. Eu me dedicava a desenvolver atividades onde meus alunos pudessem crescer. Discutia. Brigava. Ria. Convivia. Fui obrigada a mudar o contexto. Saí das salas de aula. Das quadras. Fui pra trás de uma mesa. De uma secretaria, de uma videoteca, de uma biblioteca. Mesas e mais mesas passaram na minha frente. Colegas e mais colegas. Chefes e chefes. E o computador passou a ser o meu caderno, minha ferramenta de trabalho, meu quadro de giz. Vejo minha filha num conflito interminável e sofrido em se ver num curso do qual não gosta e me vejo trabalhando em algo para o qual não me formei, nem estudei. Dos conhecimentos que formei no caminho, das leituras que fiz do mundo ao longo do caminho, adquiri, colhi e, agora, uso. E ainda tem um fulano que tem a capacidade de dizer em alto e bom tom numa palestra que não existe conhecimento novo? Ao que eu refutei, então, questionando-o se quis dizer que não existem nem há possibilidade de existirem novas invenções e que ele, como era de se esperar, ensaboou, afirmando que todo conhecimento já é existente. Nada novo é criado! Bem, se for assim, resta-nos sentar e esperar morrer. Como não acredito nesta teoria absurda, crio, sim, no meu trabalho “burocrático”. Novo é aquilo que é novo para mim! Não importa se para outro não é! A descoberta é o que impulsiona o inventor, o criador. É o que dá brilho aos olhos! A surpresa da descoberta. O novo que assusta, intimida e ousa. Como pode alguém desprezar isso?
 Coração? Hummmmm... Emendando ao que eu devagava, assustada! Vejo que vou sempre me esconder em metáforas. É mais fácil de falar! Sintonias feitas de sons e pausas. Quadros compostos de cores e vazios. A vida feita de campos e cavernas! Estou num momento de caverna. Já vaguei por vales longínquos, intermináveis. Subi por montanhas, vislumbrei entardeceres e amanheceres. Experimentei caminhadas e corridas sozinha. Também já corri e voei em bandos. E volta e meia, aquela coisinha que cutuca lá dentro me incomoda. Por mais que tente ignorá-la, por parecer mais fácil viver e tocar a vida sem pensar nesta parte da vida, eu tenho de admitir a minha verdade. Não vejo sentido na vida sem um amor! Mas eu sinto muito medo! Eu me apavoro quando vejo que pode ser que eu esteja começando a prestar atenção em alguém! É um misto de medo de estar confundindo as coisas, enxergando algo onde não exista nada! Já fiz isso noutras vezes. E, desde que a outra pessoa nem desconfie, as coisas vão voltando ao seu devido lugar sem grandes estragos! Porque se o engano for de ambos os lados, nada é declarado, nada é estragado! Mas... E se houver algo? As coisas tomam rumo sozinhas? Os gestos denunciam? Como saber se há o medo de transparecer? Este lado da vida merece um parágrafo à parte...

Mas como nem tudo é ou pode ser falado a todo vento, por aqui, eu vou parando. Naquela máxima de que tudo o que disser, poderá ser usado contra mim... Até aqui, sem grandes exposições é metáfora. De resto, a imaginação, ou a dedução! Porque algumas coisas são lidas nas entrelinhas. E para cada dia há um amanhecer próprio. Então, vou num passo de cada vez! Até a hora de sair da caverna...

sábado, 16 de julho de 2011

Percurso da Maratona de Londrina

O percurso tão esperado foi, finalmente, divulgado... Mas faltou algo imprescindível!!! As informações da elevação, em metros na coluna da vertical... Mas como corredor é tudo bona gente, Carlão (do Desafio das 6 Maratonas/2009) já prontamente, no domínio do programa do Maps My Run, comumente utilizado em nosso meio pra desenhar percursos, já o colocou e disponibilizou pra galera poder visualizar o percurso junto do perfil altimetrico da prova!
Acessem o link:

http://www.mapmyrun.com/routes/view/40709298

Espero que gostem!