Vamos conversar?

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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Sopro ou pegada?

Passaram? Ou passou?
Poderia? Ou pode?
Teria? Ou teve?
Seria? Ou foi?

Eu poderia.
Eu poderia ter
Eu poderia ser
Mas…

Eu pude.
Eu tive
Eu fui

Tenho cicatrizes porque eu vivi
São cicatrizes na pele, num corpo machucado de tombos, de ralos.
Porque são marcas de idas, de pulos, de “faços”

Outras, são cicatrizes da alma.
Fizeram chorar. Mas já não choro.
Pois me fizeram viver.
Cicatrizes de amores. Cicatrizes das dores. Dos viveres. De saberes. De fazer, fazer, fazer.
Que sempre serão cicatrizes por ter vivido.

De que adianta?
Pele vincada pelo tempo, rugas que o tempo traz, sem significarem marcas de ter vivido?
Rugas sem cicatrizes não significam.
São como a estrada vincada por poeira levada pelo vento.
Tem marcas desenhadas pelo vento.
Mas não tem marcas de pegadas.
É apenas palco do tempo.
Não fez pegadas.
Foi marcada, não foi passada.

Rugas são a passagem do tempo na gente.
Cicatrizes são as marcas da gente no tempo.

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