Quando tanto faz, faz tanto. Tanto desperdício.
Gente muito prática tem de parar um pouco de só fazer, fazer, fazer e parar pra escrever o que fazer. Ou intenciona fazer.
Resoluções.
Funciona. Listar.
Primeiro porque ao parar para escrever, você é obrigado a pensar. Organizar seus próprios pensamentos, priorizar, classificar urgências, localizar a frequência de cada coisa que quer e deve fazer. Você organiza mentalmente como se estivesse dando notas de importância. E analisa rapidamente o quanto deve direcionar seu tempo para cada uma. Ao listar, você separa o necessário do dispensável. E organiza algo precioso… o tempo!
Parece óbvio. E a gente tem tanta mania de confiar na memória, abstrair o que precisa aparecer no concreto para ser visualizado mesmo. Lembrado mesmo. E realizado mesmo!
Pode ser que era o que eu precisava. Que para outros, seja indiferente. Para mim, funciona. Escrever prioridades e coisas importantes a cada dia e todo dia rende resultados hoje para mim. E terminar o dia vendo concretamente que atingi pequenos objetivos que tracei para mim, dá a gostosa sensação de êxito. Sucesso. Satisfação. O que se torna a motivação para o dia seguinte. Fechando um ciclo de resoluções-ações-realizações.
Cai naquela velha máxima do primeiro passo. O mais difícil de ser dado. O mais enrolado.
O que determina se vai ou não vai acontecer algo que se quer tanto. Portanto, o mais importante.
O primeiro passo é a primeira ação. O primeiro movimento em direção. Mas a imensidão de movimentos minúsculos que acontecem antes lá dentro da gente, são as decisões postas pra fora. Ouso dizer que escreveram errado a palavra. E que ao invés de REsoluções, deveria se grafar PREsoluções. Ou seja. Tudo o que determinamos fazer que antecedem soluções.
Viver sem resoluções é como pegar um barco e sair à deriva. Você está no mar. Está indo. Mas sem saber para onde. Então, tanto faz olhar para um lado, para outro, tudo será igual. Não navega. Só vai.
É como ir na rodoviária e pegar qualquer ônibus. Não se decidiu onde ir, o que vai fazer, então tanto faz. E olhar a janela também é indiferente.
E pior. Viver à deriva, pegar qualquer caminho na vida não é o mesmo que estar aberto ao novo, que é algo sensacional e traz oportunidades. E viver no “tanto faz”. É nunca reconhecer o que te é bom, o que te faz bem, assim como reconhecer o que te é mau, o que te faz mal. E se posicionar com um “sim” ou um “não” diante deles.
E assim como estar no mar sem navegar, viajar sem observar por onde, é viver sem saber pra quê.
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