Vamos conversar?

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terça-feira, 18 de abril de 2017

Qual relógio você tem?


O simples ensina

Dias atrás, vi aquele vídeo que viralizou  "Caminhando com Tim Tim" . Do gurizinho de um ano e pouquinho no seu passeio diário de dois quarteirões.

https://youtu.be/1dYukOrq5RI

Mas esta é outra história que conto outro dia.

Quero falar de outra coisa hoje.

Filhos crescidos, ganhei de minha irmã um cãozinho. Sem exagerismos, amor de cão e vice-e-versa​ é um aprendizado. Pra humanos. Eles ensinam.

Já corri um tanto nesta vida. Já pedalei outro tanto mais. Passo apressado, passava rápido por lugares onde, hoje, passo devagar. Passo passeando. Com ele, o meu cãozinho.

Eu adoro o ritmo desapressado da bike. Experimentei o gosto bom do vento, no tempo de se apreciar, parar e mudar a qualquer instante, a direção,o destino, a parada em cicloviagens.

Volto. Por enquanto, não.

Enquanto não, vou num passo um tanto mais desapressado. Minto. Às vezes, num tiro que ele, o meu cãozinho dá, me alcança, me ultrapassa, brincando de quem corre mais, de pega-pega até de esconde-esconde.

Passo devagar por lugares por onde corria. "Treinava". Focada numa meta à frente. Sem prestar atenção à volta.

Vi um vídeo, hoje, dos meninos amigos meus. "Pra nunca mais parar"

https://youtu.be/3YNC3_1Dj3s

Ouvi uma frase parecida com esta. O simples ensina. E como...
Eu sei que é natural no ser humano a busca de aprimorar. Velocidade das coisas acontecerem. Bom. Faz parte da evolução tecnológica. Inevitável e produtivo. Desde que...

Desde que a velocidade não seja pra passar mais rápido pelo caminho! Pressa pra quê? Pra chegar ao fim?

Não poder, TEMPORARIAMENTE, fazer coisas que eu fazia tem me ensinado.
Mania que a gente tem de, com o passar do tempo, ir complicando as coisas. E pra caber tudo, fazer mais rápido. Até que uma hora dá um clic. O simples é melhor. Faz mais feliz. Ensina.

Ando pra frente, sim. Adoto e gosto de tudo que venha pra acrescentar, equipar, dar segurança naquilo que faço. Mas gosto de resgatar aquilo que me traz de volta ao tempo onde ele próprio ia mais devagar. Afinal, o formato dos relógios mudaram muito. O conteúdo, não.

Dava corda em despertador pra acordar. Passei pelo rádio-relógio. E relógio hoje, não é mais relógio. É aplicativo no celular. Objeto em extinção. O relógio. Só não pode fazer dele, o tempo, o mesmo. Extinção. Porque de corda, em formato digital ou visual na tela, ele continua o mesmo. No mesmo compasso. Muda o formato, só.

E arrisco dizer: não era à toa a coincidência. No tempo que se dava corda para o relógio não parar, a gente ouvia um tic-tac no ritmo do coração. Seria para não esquecer dele? Levar o tempo no ritmo do coração?



P.S. Temporariamente está em destaque porque a vida é curta sim, só pra quem não diz sim. Pra tudo que é bom, há tempo de voltar.

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