Vamos conversar?

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Floripa, Ilha da Magia!


Já me perguntaram o porquê deste nome. Não soube responder. Vou tentar.

Conheci Florianópolis, quando pequena, junto do meu pai. Viajeiro e fotógrafo de coração, sempre inventava viagens em família. Eu me lembro bem de fotos nossas com a ponte Hercílio Luz ao fundo. Eu bem meninota, fazendo pose!

Éramos em seis. Meus pais e nós, quatro filhas meninas. Então, sempre uma ficava de fora da viagem por não caber no carro. Naquela época, não havia exigência de cinto de segurança e, muitas vezes, fazíamos caminha no chão do carro no fundo. Uma ia dormindo no banco traseiro, outro no chão, quando íamos em quatro

Eu  me lembro que fiquei toda cheia pois, conforme meu pai dizia, tínhamos ido conhecer, numa única viagem, cinco capitais brasileiras. Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e… Niterói! Que naquela época, era capital do Estado do Rio de Janeiro. Enquanto o Rio de Janeiro era capital do Distrito Federal. Alguém se lembra disso? Só os cinquentões…

Florianópolis não sei de quando é chamada carinhosamente de Ilha da Magia. Com todas as vertentes sobre suas explicações, vou inventar a minha!


Um lugar que se reinventa e nos faz reinventá-la, nos faz nos redescobrirmos e descobrirmos novas facetas em nós mesmos, só pode ser mágico! Falo muito de redescobrir o que já somos. E isto é fantástico para quem anda se esquecendo quem é. Mas existe este lado de descobrir possibilidades a partir do que já se é e que nunca haviam sido pensadas.


Já passei pela ilha como filha criança. Como universitária com o grupo de amigos da faculdade. Como esposa em família. Como mãe de criança. Como atleta em corrida na Volta a Ilha. Como mãe de adultos. Como ex professora de aluno que correu atrás de seu sonho e contra tudo e quase todos, formou-se em medicina. Como namorada. Como viajante solo, mochileira, trilheira, embora motorizada, que gira a ilha em bicicleta. Como Cicloturista em Ciclotour, que veio ficar uns dias sem usar quatro rodas. Como viajeira flexível que torce o nariz porque não ia usar as quatro rodas, mas que para levar os meninos do AirBnB que estão na ilha pela primeira vez, possam conhecer mais dos cantinhos escondidinhos da ilha, pega o carro e vai.

Como um saco surpresa que resolve no dia o que vai fazer neste dia.


Se não houver magia, vira cardápio. Aquilo que você olha e sabe o que vai pedir. Escolhe o que vai comer. Engole sem degustar diferente, porque mesmo que tenha escolhido no menu, algo nunca apreciado, faz ideia. Imagina. Prevê.

Algo mágico é como se você vedasse os olhos e alguém te trouxesse algo para saborear, sem nem saber a forma, a cor, o sabor. Fica toda sentidos, como se dependesse, exclusivamente, de perceber. Sem adivinhar.

Compreende?


Sabe aquela Cartola do Mágico que você olha, marota de longe, sem saber se sai coelho, se sai pomba, se sai ou some o que você vê?

A Cartola. A Ilha Mágica é assim. Feito Cartola. Atraindo olhares faiscantes que procuram lá dentro, olhando de longe, o que surgirá!

Passei por lugares tantas vezes pisado, podendo pisar diferente. A bicicleta me proporcionou um passar mais vagaroso por estradinhas e entradinhas que convidavam. Também me fez passar ligeira na hora da fila cheia de motores mal humorados. Que me deixavam mais faceira, ainda, algumas vezes, sacando a câmera para filmar pra poder dizer pra todo mundo… #vaidebike #debikeemelhor #umcarroamenos #soporhojeexperimenteabike #bikeevida #cicloviaerespeitoavida

É até engraçado. Esticar os anos de vida, ter mais anos de vida, ter outras vidas pra se viver tudo que não se conseguiu viver, é sonho de muita gente. Mas, então, você descobre que dá pra reiniciá-la sem virar bebê. Iniciando num ponto de maturidade, ideal onde você já tomou seus tombos, já aprendeu no amor & na dor a dar importância ao que é importante. Como se já partisse tendo lido o manual de instrução do básico. Mas tem em mãos e nos pés, o meio para fazer diferente. O meio para experimentar diferente. Quase como fosse outra vida. E é!



Para quem pôde experimentar a cidade noutros meios, seja a pezão, busão, carona, avião e carro, passar pela ilha em bici é mágico! Isso! Mágico! Você sai sem pressa, não se estressa, toma vento no caminho que te refresca e, se quiser, prende tudo no guidão ou garupeira, abaixa a blusa na cintura e vai pelo caminho todo se bronzeando… Quer mais?

É de graça.
Não polui.
Autossuficiente.
Energia gratuita.
Academia gratuita.
Saudável.
Faz (mais e mais e mais) saudável!
Apaixonante


Bicicleta e a ilha orna. Pra quem não tem, já até tem a bicicleta por aplicativo. Pra zanzar, nos moldes já existentes em cidades européias e algumas brasileiras. Explico. Baixa o aplicativo em seu celular. Escolhe o plano desejado, de acordo com o tempo que pretende usufruir o serviço. Horas, dias, semanas, mês. Efetua o pagamento. Abre o aplicativo. Visualiza, no mapa, onde encontra a mais próxima. Vai até ela. Destrava pelo QRCode. Sobe e usa. Quando chegar ao lugar desejado, trava a bici para liberá-la para o próximo usuário, desvinculá-la de seu nome. Pronto. Rodou pela ilha em plena temporada, sem parar, uma única vez, em filas de congestionamento!

Mais.


Você descobre que é capaz de sair de sua zona de conforto. Que 10 km vira pouco rapidinho. Que pode e consegue superar pequenas distâncias. E elas vão ficando cada vez maiores em km e menores em dificuldade.

Mais?

Inspira outras pessoas. Que para usar a bici não precisa ser atleta. Se quiser, você pode até virar! Mas você pode sair sem roupinha de modinha, de shorts, saia, sandalinha, vestidinho, arrumadinha, capacete é bom e só. Que aos poucos, ela vai virando um prolongamento de seus membros. Porque aquilo que faz bem pra gente, vira um pouco a gente e a gente também. Numa osmose positiva de incorporar (preste bem atenção à palavra!) quem nos dá asas pra ir… sem fim!


A bicicleta faz a ilha se Mágica pra mim!

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