Vamos conversar?

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Mochileira em dia de Patricinha



Ops. É só fachada. Passa uma pasta na cara. Uma cor. Duas. Pode ser três. Bota um pano amarrado, mas tem de ser colorido. Aquele. Vestido que na verdade é saia. Vai dar risada. Vai se rodear de amigo e vê se o riso não vem. Vem de avalanche. Gargalhadas.


Esta história de se amar primeiro é bem clichê. Mas é assim que funciona mesmo. Fachada a gente taca cimento. Tinta. Lá dentro tem de estar fiel ao que se é. Bem consigo mesmo. Pra fazer bem ao outro.

Quem nunca?
Quem nunca, depressão.
Quem nunca, desistiu.
Quem nunca, resmungou.
Quem nunca perdeu a cor.

Tive fase nude. Aquela corssemcor. SusissemSusi.





Ontem, foi um dia muito especial. Deu um clic, sabe? Depois de alguns anos sofrendo muitos sofrimentos alheios (Isso merece outra história no blog!), as sementes malditas que abutres jogam na gente, me reencontrei.

Me olhei no espelho e me reenxerguei. A gente passa lutos. Inevitáveis. Necessários. Para matar velhos eus. Pra matar fantasmas dos outros. Pra matar o que já morreu. E fica tempo demais em luto!






Sou mateira. Sou da terra e não da balada. Mas me chama pra dançar que eu vou! Porque música mora lá dentro de mim. Porque dançar não tem nada a ver com algema dum lugar. Tem a ver com ritmo. Este. Que pulsa DENTRO da gente. Bem mais alto que as mais potentes caixas de som de show.



Sou mateira, mas sou mulher com meus dias de mulherzinha. De ir fazer a mão e pedir maquiagem. Pra mim mesma. Não pros outros, nem pra festa, nem pra um dia especial. Especial é todo dia. E hoje. É o dia que quero fazer algo pra mim.

Já tentei muuuuuito, apagar o que sou porque parecia destoar da regra. Bobagem gigante, né? Acontece nas melhores famílias, nas insignificantes depressões que ninguém admite, nas rodas de inimigos, na fraquezas de umbigo. Porque toda família tece estereótipos de ideais e cobra. Porque depressão mata, antes mesmo de levar pro túmulo. Porque umbiguês cega, por não deixar olhar além. Porque amigos te conhecem e te aceitam. E inimigos, todos têm. Lá fora e cá dentro.




Estive desaparecida. Voltei! E voltei com coceira nos dedos que é a melhor parte de mim.

Deve ser aquele tipo de momento (de véia, podem dizer!) de pensar.... "Pra quê eu nasci? Qual a minha missão? O que mais amo fazer?" E todas, todas indagações me levam a isso: escrever.

Não pretendo sumir de novo. Deu, né?

Vão ter de conviver com uma velhinha escrevendo de uma cadeira numa varanda (que pode bem ser um motor home), de cara pro Horizonte, deslizando o dedo (agora, a caneta touch - a melhor invenção pra quem só escreve em celular, até o livro..), toda tecnológica, contando historinhas no blog e em livros!


É isso. A gente nasce. Às vezes, se esconde. Às vezes, dá certo. Às vezes quebra a cara e o queixo (no meu caso, muito além disso!) Mas a gente aprende a se levantar. E quando levanta, entende a força que tem.

10 comentários:

  1. Vivaaa a Susi! Guerreira, ciclista, corredora!!! 😘😘

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  2. Lindaáaaa, arrasa nas histórias, sempre sorridente mesmo em meio às dores. Te amo amiga lindaa.....

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  3. Queridissima vc é de um carisma impar... mulher linda por fora e por dentro trás a beleza sincera de quem se doa, de quem ama e por onde passa deixa saudade...

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    1. E que assim seja sempre, Telinha! Nem sempre é assim. Mas, a vida ensina dar importância ao que tem importância. E sorrir muito. Fartamente! Faz bem pra gente. Faz bem a quem tem de viver com a gente!

      Obrigada pelas palavras generosas!

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  4. Adorei seu texto. É isso... Viva a vida intensamente. Ela é curta. Precisa ser bem vivida. ❤

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  5. Lindaa...amo ler suas histórias maravilhosas...

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    1. Que bom que está gostando Eli.... E eu, adorando escrever cada vez mais!

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