CLICS são as capturas que fazemos de momentos. Imagens que congelamos e eternizamos. Palavras que imaginamos e lembramos. Numa junção e numa brincadeira gostosa de palavras e imagens, cartas são escritas, sonhos postos pra fora e a conversa acontece...
Vamos conversar?
Vamos conversar?
domingo, 28 de maio de 2017
Ciclos! Do ninho, às asas, ao vôo...
Há o tempo em que, ninho cheio, olhos atentos, asas amplas e protetoras, mantemos sob elas, nossos filhos e contamos-lhes histórias para que encham seus olhinhos de curiosidade, sede da busca, fomente-lhes sonhos expressos no brilho típico de quem tem todo o horizonte à frente.
Chega o tempo em que ensaiam seus primeiros voos.
Chega o tempo em que voam.
Chega o tempo em que retornam ao ninho...
Meu primeiro pássaro, uma gaivota, partiu há sete anos e meio. Deixou vazio seu espaço no ninho, distribuiu e colheu histórias!
Caminhou e parou quando necessário. Recobrou forças quando se sentiu cansada. Mirou horizontes. Galgou montanhas. Desceu por vales. Desejou os céus e os alcançou, simplesmente por acreditar que poderia tê-lo. E por ir, tão somente, descobriu suas asas. E voou!
E foi tão arteira e faceira a brincadeira que gargalhou-se um monte. E tão alto o som de sua risada que ecoou em sua alma. E tão intensa a felicidade que durou pra sempre. Porque pra sempre é o que temos até o agora!
Seu voo, mesmo que tendo um ponto de pouso, escancarou tão escancaradamente a sua risada que seu coração foi tomado do vento. E o tempo fez uma pausa. Para que, lá de cima, ela pudesse avistar toda sua vida. E num passeio pelo ventotempo pudesse vislumbrar a sua frente seus quereres...
Não é que, num passe de mágica, de repente soubesse o que teria por vir. Não! São cores, odores, sabores, amores que compõem o amanhã. Mas olhar pra eles com olhos de desejo, com alma leve, levou-a por caminhos inimagináveis. E mesmo sem saber seu futuro, o soube! Seria voar através de viagens em que a riqueza e a distância não dependiam da medida física, mas da grandeza de sua alma. Da intensidade com que desejasse e vivesse cada momento. E, assim, a intransposição do tempo e do espaço eram dizimadas.
Só quem ousa o vôo, descobre-se com asas.
E, uma vez sabendo-se pássaro livre, não há mais como ser contido em gaiolas dos impossíveis!
Giovana Saito em dois dias, de volta ao ninho!
Um pouso. Pra um novo começar...
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