Percurso Comentado da Maratona de Londrina
Bem, como já postei, anteriormente, a primeira metade da maratona que compreende os 21 de quem virá para fazer a Meia Maratona de Londrina está de escorregar até o final e correr soltinho, de boa, pois após o km 17, próximo à Catedral, bem no centro histórico de Londrina, não há mais nenhuma subida. Nada, nada! Saindo dela, passa-se pela Praça Tomi Nakagawa, lá pelo km 18 e aí é abrir um sorrisão pra concluir a meia. A Avenida Duque de Caxias, que conduzirá pelos últimos 3km diretamente à chegada, será de planos e descida, mesmo! Agora, continuarei a descrever, exatamente neste modo que me é típico, correndo com os olhos do coração, muito mais do que com as pernas...
Bem, vamos lá!
Chegando ao Centro Cívico, onde está programada para acontecer a chegada e “ajuntamento” dos concluintes da meia para que possam ser levados até a Chegada Principal, no Shopping Catuai, que é onde os maratonistas concluirão a prova, você estará próximo do Lago 1. O primeiro dos lagos do conjunto que compõem o nosso Lago Igapó. É de se imaginar, então, que a altitude aí seja das mais baixas de todo o perfil altimétrico da prova. Pois, então. Agora se inicia a corrida técnica que definirá o sucesso da prova. Se é que por sucesso, compreenda-se, terminá-la sem quebrar, sem andar, sem muitas dores, sem desistir dela. É a hora de se reabastecer de energia e focar firme o final da prova. O cenário é dos mais agradáveis. É comparável ao Parque Barigui de Curitiba. Muito verde, lago, pessoas se jogando, nos dias de verão, na água, a despeito de placas de “Proibido nadar” e pessoas pescando, passando o tempo relaxadas! É o nosso cartão postal oficial. E, também, o primeiro palco dos primeiros a se atreverem a caminhar e praticar o Cooper, décadas atrás...
Ladeando o lago 1, chegamos à barragem que será vista de longe. De ladinho! Pois contornando a rotatória da Rua Heródoto, o percurso segue por um breve pedaço da Bélgica. Pra logo em seguida, quebrar a esquerda e começar a saída dos lagos. Há uma subidinha curta, porém chata, neste trecho. É o começo da Portugal! Indo por ela, cruzaremos a Avenida Inglaterra, em direção à Via Expressa, ou Avenida Dez de Dezembro. De cara já se vê o Parque Municipal Arthur Thomas (km24), área verde, cercada e preservada, onde o calor, que se apresentará nesta altura, poderá ser um pouco amenizado. Com o sol pegando de lado, mais ao norte, como acontece no inverno, dará para se correr rente ao parque, evitando o solzão na cabeça! O percurso prosseguirá pelo bairro Piza, onde se localiza uma das sedes da UNOPAR, uma das patrocinadoras do evento. A volta se dará na última rua, após passar na frente desta universidade. O retorno pela Avenida Europa, na contra-mão é em meio ao bairro residencial, uma leve subida até chegar de volta à via expressa.
A entrada na Dez de Dezembro indicará a proximidade do km 30. O tal muro dos 30. E o caminho para se chegar a ele é longo e em aclive... A Dez de Dezembro termina na rotatória de acesso ao Cafezal. Mas a subida prossegue um pouco mais. Por volta da curva da rotatória será hora de centrar a cabeça na meta, hidratar-se, reabastecer-se, a seu critério, de gel, ou algo mais. A organização prevê a entrega de frutas, isotônico, sal mineral e gel, neste ponto. É bom não recusar! Pois saindo dali, você avistará uma longa descida... e uma longa e inevitável subida, de aproximadamente 600/800m! Nesta altura, o percurso estará na marginal da rodovia que mais à frente, situa-se o Catuaí Shopping. Mas há uma longa caminhada, no caso, uma corrida até ele. No topo da subida, contornando o acesso ao Jardim Botânico, inicia-se um trecho bastante agradável: a Avenida dos Expedicionários que tem a função, somente de levar até o Jardim Botânico. Como o início deste trecho é em descida, fazendo um “L”, você poderá observar a cidade de longe, o cenário rural da cidade, os condomínios espalhados na região sul. O ar também parece ser mais “puro” por ali. É um local que os corredores, bikers e praticantes de skate, ou long line de plantão têm usado para seus treinos e façanhas! O asfalto está de primeira e lá embaixo haverá, segundo a organização, distribuição de frutas, esponjas, água, isotônico, sal e gel. Dica: Não recuse! Há chão pela frente ainda! E em subida...
O acesso ao Jardim botânico perfaz 2km de ida e 2km de volta. Ou seja, para sair dali, retornando pelo mesmo acesso, você cruzará com os maratonistas chegando. Entra o “psicológico” para quem ainda está na ida... Pois, assim como na Meia do Rio, da Yescom, na altura do Flamengo, onde se cruza com o pórtico do outro lado e estamos ainda no km 15, tendo ainda 3km para ir 3km para voltar, ou no percurso de POA, quando cruzávamos com o km 38, ao estarmos ainda no 22, é preciso ter determinação para não desanimar! A subida pode judiar um pouco aí, pois a rodagem estará em torno do km 33. O primeiro km é em subida moderada e o km seguinte alterna um plano com leve descida. Fora do Jardim Botânico, o percurso segue atravessando a rodovia e adentrando na Waldemar Spronger! Digo que ali, na ponta da avenida há uma das vistas mais belas da cidade. Nos nossos treinos de manhãzinha, ou nos noturnos em que eu treinava sozinha à noite, passar ali, proporcionava um deslumbramento para a gente que é de Londrina. A cidade é uma cidade moçoila, jovem. Com seus 70 e poucos anos. Mas, ao contrário do que lhe era previsto, cresceu “a rodo”, tornado-se uma jovem adulta, pulsante e bonita! Muitas vezes, só temos esta noção, ao observarmos a cidade de longe... Tal qual quando paramos para observar um filho que dorme, o quanto ele cresceu e nem reparamos... E é ai que se tem esta oportunidade! A visão do centro velho de longe, os prédios no alto da cidade, o entorno dos bairros e, bem ao longe, as áreas rurais pinceladas de terra ainda, verde e plantações. É uma fração de segundo. Mas bem nesta esquina pode se ver tudo isso. Lógico que dependendo da concentração, do cansaço e da distração, nada disso será observado. Mas fica a dica! A Waldemar Spronger anuncia um merecido descanso de subidas! Cerca de 800m de descida boa! Solta, em avenida larga e arejada! Não há muitas casas construídas neste trecho e a vista, realmente, alcança longe... Dali, a direção é a Adhemar de Barros que é a rua central de nossa Saturday Night, muito bem organizada pela Katja, da Atmosfera Eventos e uma das primeiras provas que saíram do habitual em nossa cidade! Para mim, boa lembrança, pois foi nela que debutei nas corridas, em agosto de 2008! A Adhemar levará os maratonistas por uma descida leve e, em seguida, a uma leve subida, curta e um plano em curva, aproximando-se do cruzamento da Avenida Higienópolis. Novamente, estaremos próximos à região dos lagos. Porém, sem passar ao lado dele. O caminho segue pela Caracas e a subida vai, novamente, dando o seu ar da graça. Neste ponto, é bom dosar muito bem sua passada. De longe, se vê o final da rua, que cruzará com outras perpendiculares até chegar à principal que é a Avenida Ayrton Senna. Aos desavisados, cuidado! A Rua Caracas indica a subida moderada dela, mas não revela que, ao final, ao se sair dela, haverá a subida mais forte do percurso todo. São cerca de 500m, somente. Mas respeitáveis! As rampas das planilhas, geralmente, são treinadas ali, além de estradinhas rurais com aclive maior e mais longo. Quando você sai da Caracas e vira a esquerda, dá de cara com a Ayrton... Calma! Respire fundo, muito fundo, foque que lá no alto, bem no topo da avenida você avistará um chafariz! E não será uma miragem!!! É real! Tão real quanto a vontade que, com certeza, muitos terão de passar, literalmente, por dentro dela para refrescarem-se para os km finais! É a passagem do km 39, aproximadamente! De cima do chafariz, têm-se, finalmente, a visão da chegada! Pode-se, então, dar um refresco nas pernas, pois haverá uma descida boa que aponta o Catuai, lá no alto! Eu disse: “lá no alto!” Ou seja, vá com calma. Ainda há uma pequena subida. A passagem por baixo do viaduto da rodovia e a curva à direita já é o tão esperado presságio de estar chegando. Mas a chegada se dá com uma volta por trás do Shopping, adentrando nele pelo acesso da Avenida Terras de Santana. Para quem ainda está com fôlego, ou consegue dar uma última relaxada, aproveite a vista. De lá,se enxerga longe! A vista rural da cidade, ar fresco, muito vento, pois é um dos pontos mais altos da cidade. A chegada se fará passando-se pelo estacionamento coberto, tal qual foi na corrida do Catuaí Run, no segundo semestre do ano passado. Saindo do estacionamento coberto, eis o pórtico, enfim! Parabéns! Você concluiu a Primeira Maratona de Londrina. A maratona que nasceu no coração de gente que tem paixão por correr. Que corre usando, além das pernas, o coração! E por isso, quis um dia que sua cidade tivesse, também, uma maratona! Pois ir, somente, pra fora, pra correr em outras cidades, traz uma alegria “individual”! Mas poder ver uma maratona acontecer, hoje, em sua cidade natal, semeia sonhos nos olhos de toda gente que for capaz de sentir o que correr proporciona. Muito além do suor, da prática da atividade física, dos tantos amigos e conhecidos, correr alimenta a alma! E sonhar e concluir uma maratona, independente do quanto se demore a fazê-lo é algo indescritível, impensável e POSSÍVEL a muito mais gente do que se possa imaginar. Pois as histórias de maratonistas, invariavelmente, revelam histórias e histórias de superação. Gente que por algum motivo, não andava, não era atleta, com históricos de obesidade, alcoolismo, doenças, pobreza de alma, de sonhos de vida. E que, ao terem a corrida em suas vidas, encontraram mais do que um motivo para praticarem a atividade física. Mas reencontraram a vontade de viver e viver bem! E ir muito, muito longe... Muito além dos 42,195km...
Espero que este relato comentado possa colaborar e dar o empurrãozinho que faltava a toda gente que ainda estava em dúvida se valeria a pena tentar fazer uma maratona. Vale! Sempre vale! E as dificuldades enfrentadas sempre servirão para aprendizados e para o aprimoramento.
Boas corridas, boa prova! Espero vocês por aqui!
CLICS são as capturas que fazemos de momentos. Imagens que congelamos e eternizamos. Palavras que imaginamos e lembramos. Numa junção e numa brincadeira gostosa de palavras e imagens, cartas são escritas, sonhos postos pra fora e a conversa acontece...
Vamos conversar?
Vamos conversar?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Arrasou Susi, e o chafariz no clímax do percurso, já senti daqui o frescor. Então, esse será o meu km para vc.
ResponderExcluirAhhhhh! Água é bom! Água é bom! Água é bom! Este chafariz vai ser a grande vedete do percurso... Mandou bem, Ricardo! Este vai ser "O" km mais inesquecivel da maratona todinha!
ResponderExcluirExcelente matéria Susi....
ResponderExcluirEstava lendo e vi como vai ser o trajeto, vai servir de lição...e com certeza vai me ajudar muito....
Parabéns e vamos que vamos participar da 1º Maratona de Londrina, que com certeza será um sucesso...
Valew, vander! Esataremos todos juntos! Vai ser um dia inesquecível! Que bom que gostou da descrição! O percurso está bonito, cuide da segunda metade... e bóra pra ela!
ResponderExcluirDica: quem ainda não leu a primeira metade da maratona, acesse o post:
ResponderExcluirhttp://clicandoeconversando.blogspot.com/2011/07/percurso-comentado-da-meia-maratona-de.html
A primeira parte está sussi, sussi!