Vamos conversar?

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sábado, 4 de dezembro de 2010

COMER, REZAR E AMAR... alimentando o corpo, o espírito e a alma!

Creio que a explicação do grande sucesso da história, desde quando era apenas um livro, até tornar-se um livro que atrai a atenção e o agrado de tantas mulheres (talvez, alguns homens que compreendam as mulheres) é a simplicidade do enredo, a essência comum que ele encerra da busca do amor. Busca inconsciente, após o trauma de se ter tido a coragem de se encerrar uma história que não trazia o coração à plenitude! O amor é o sentimento mais supremo. E quando o coração apita emitindo sinais evidentes de que há algo errado, muita gente faz de conta que não percebe e prossegue. E foge da viagem necessária para dentro de si mesmo para se conhecer e enxergar de que é que realmente necessita.
No filme, a viagem extrapola. A personagem vai, de fato, de mala e cuia e alma para sua viagem. São três países visitados. São as três esferas de sua alma. Busca alimentos. Primeiro ao corpo. Redescobre o prazer que é alimentar-se sem culpas, sem regras de magreza mórbida e aprende a arte de degustar com todos os órgãos e transpirar por todos os poros a alegria de uma mesa posta, compartilhada por pessoas com as quais se faz história. É a Itália! Num paralelo, aprende que ouvir o próprio corpo é uma forma de se deixar falar. De não se deixar para depois. Que o momento a necessidade do agora representa o que tem de mais primitivo, mais sincero, mais natural. Fome! Fome de alimentos! E o primeiro alimento degustado e descoberto é a própria comida. É o corpo que se faz ouvir. Uma vez saciado, posto, novamente em pé, é hora de buscar novos caminhos.
Hora de alimentar a alma, o espírito. Viaja à Índia. Muito embora a fé própria deste país seja uma miscelânea de crenças e focos, há um ponto em comum na cultura oriental que é a busca do equilíbrio. A solitude. Não é solidão. É estar só, consigo mesmo. A capacidade de estar apenas consigo mesmo e suportar a sua própria companhia... É o que se faz ao meditar. Muito ao contrário do que tanta gente ainda acredita, é não pensar em nada! Meditar... a ausência total de pensamentos. Quando me indagaram pela primeira vez se eu sabia o que era meditar, rapidamente respondi: refletir? Não era uma afirmação. Era uma dúvida. De fato, não é refletir. Não é pensar em coisa alguma. O vazio total de ações, de pensamentos, de sentimentos. Possível? Diria, mais difícil para mim do que correr, de novo, uma maratona. Inquieta por natureza, a personagem trava a maior batalha já travada. Dela consigo mesma! E, quando finalmente encontra o equilíbrio, percebe que tudo que faz para ocupar o seu tempo, se não for desvinculado da necessidade de cobrir seu próprio vazio, não a saciará.
Sentindo-se apta, então, retorna a um lugar já visitado noutros tempos, onde pensa que dará continuidade a um processo de aprofundamento do que buscava conhecer. Em Bali, na Indonésia, já com o seu sensor mais apurado, em seu corpo e em seu espírito, consegue sair solta, sentindo-se livre de tantas amarras carregadas por tantos anos. Mas ao deparar-se com o imprevisto - o amor é sempre um imprevisto - fica sem ação, sem referência de como proceder. Não há guia de culinária, nem guia espiritual, nem turístico, nem guia nenhum que possa lhe socorrer nessa hora. Viver um amor foge de qualquer guia prático de “como fazer”! Cada história é uma história! É preciso se desvencilhar de todo o passado para poder estar por inteiro em um novo amor. Qualquer experiência vivida não serve de diretriz para agir assim ou de outra forma. Exceto as barbaridades que fazemos em nome do feminismo ridículo que enfiaram goela abaixo em nossa gerações, nos fazendo acreditar que somos tão independentes e que os homens são tão desnecessários que muitos deles até passaram a acreditar neste absurdo também. Gerando seres perdidos, auto-confiantes em felicidade  a sós, em auto-suficiência no amor. Para quem descobriu que esta história é bem pior do que a da carochinha, da Cinderela, da princesa e do príncipe no cavalo branco, houve tempo para sair do pedestal e voltar à Terra. E tentar voltar a acreditar em amor. Nesse túnel louco do tempo por onde percorremos, ao darmos de cara com o amor, jogamos com as cartas erradas. Ignoramos a intuição, que é o nosso melhor atributo feminino e tentamos jogar com cartas caracteristicamente masculinas! A razão! Racionalizamos ao invés de deixarmos fluir o sentimento. Como uma caixinha registradora, daquelas antigas, onde você bate os números e puxa a manivela para ir fazendo a soma, você lista uma série de motivos para não se envolver, antevendo todos os motivos para você evitar um sofrimento futuro. Velho demais. Novo demais. Fuma. Bebe demais. É sedentário. É fanático por jogos de futebol todo santo sábado. Tem amigos demais. Mora longe. Viciado em esportes. Adora televisão de domingo... A mãe dele é uma chata! Tem filhos muito mimados. Ainda quer ter filhos!!! Gasta além do que ganha. É muito pão-duro. É loiro e você sempre gostou de morenos... Pateticamente, a lista pode crescer tanto quanto a sua vã imaginação permitir. Sabe o nome disso? Um só: MEDO. Aquele vilão de capa preta com uma foice e rosto obscuro que te persegue querendo te levar... Pensava que esta era a Dona Morte? Oras... É a mesma coisa! O medo aprisiona. O medo amarra as pernas. O medo congela amores. O medo afugenta o sol. O medo nos acovarda. O medo nos mata estando, nós, ainda vivos. Não é a morte o final da vida. Ela é apenas a chegada inevitável de qualquer um. O que acaba com a vida é aquilo que nos paralisa. Aquilo que nos impede de viver aquilo que temos nas mãos ou adiante de nosso nariz, ou aquilo que vive e resiste em nossos corações. Medo...
Logicamente, o filme tem o típico fim que toda mulher adora. Parece haver uma tendência em gostarmos de ver que por um triz, a heroína quase perde o seu amor, que por um momento de bobeira e pura insanidade cardíaca, ela quase o deixa partir (ou parte) para longe. E num lampejo de retomada de consciência, agora recheada de emoção, ela entrega-se ao amor. Ahhhhhhh, o amor...
Comer, rezar e amar foi um bálsamo! A medida necessária para me fazer sair do cinema, leve. De me desvestir das vestes de durona, ou da estrategicamente planejada para não se apaixonar, por hora. Como se a vida fosse capítulos que você escolhe viver de acordo com a sua disposição. Do tipo; agora não é hora de viver um amor. Quero correr todas as corridas que quiser, sem ter nenhum chato implicando comigo, com meus excessos, meus exageros. Como seu fosse dividida por gavetas... É interessante ver, na saída do cinema, o semblante leve da grande maioria das mulheres que observo. Unanimidade: todas querem, desejam viver uma história de amor. Todas acreditam estar vivendo, ou que viverão. No fundo, no fundo, acreditam...
O fascinante mundo das palavras é isto: a identificação propiciada por aquele que dá e aquele que recebe a mensagem. Seja por aquele que escreve, redige, captura imagens ou expõe em palavras ou cenas, ou fotos aquilo que vai em seu íntimo. A música tem o poder de nos fazer viajar. Os filmes também. As imagens nos remetem a lembranças ou a nos incursionarmos na viagem que nossos corações permitirem. As palavras me fascinam. Ao ler, viajo com os outros. Ao escrever, viajo para dentro de mim mesma.
Então, já que a Itália, a Índia e Bali são muito longe para mim, meu bilhete de passagem é este, teclar até me encontrar.

5 comentários:

  1. Oi amiga gostei de ver seu espaço pronto, tem que ser assim mesmo , qdo da o clic começar e que começo, adorei, ja te fale que amo esta sua foto do final de maratona de curitiba é uma prova de amor.Beijos milllll. Sucesso

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  2. E aí, "Capítulo à Parte4", tudo bem com você??? por aqui, tudo certinho e estou muito feliz em te receber no meu cantinho. Já estou te seguindo.

    Abração e ainda correremos muito juntas!!!!!!!!!!!!!!!

    Nara.

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  3. Mey! Minha amiga mentora no blog!!! É isso! Um clic resume muita coisa! Num clic se decide coisas... amores... sonhos... realizações...
    A foto é arrepiante!!! Já viu as outras deste ano?? Entra no okt ou no picasa! Chorei bem mais neste ano... foi muito emocionante avistar minha filha, de novo, e vir c ela!

    Nara...
    Legal, além de gostarmos de viajar nas letrinhas termos a afinidade de correr! Adoro!
    Passei no seu blog. Gostei. Tenho de cuidar das horas conectada. Vou passando com mais tempo nos findis. Aceito sugestões, dicas de vcs q estão no "ramo" há mais tempo!!!
    Abçoooo

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  4. Oiiiiiiiiiii...Ameii este espaçoo,sempre te falei que sou fã desta sua maneira linda de se expressar...parabénsss

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  5. oiiiiiiiiiii su parabens pela cada palavra,sentimento posto aqui... reflexo que tem hora que temos que colocar o que pensamentos em geral... a vida... o amor pelo que a gente pratica... nosso proximo... esporte... tdo... parabens.... te gosto muito. e que DEUS SEMPRE TE GUIE MUITO... PASSO A PASSO...... AMEM. ASS.. EDDIE e. p. YASUHARA

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