Ele sempre sabe das coisas! De TODAS as coisas! Há um caminho a ser seguido. Existe um alvo a se chegar. Há várias maneiras de se chegar a ele. E, geralmente, temos a extraordinária capacidade de encontrarmos o caminho mais difícil. Desviarmos dele. Tomarmos outro rumo, até mesmo o contrário... e Ele fica ali, pacientemente, observando pronto a nos socorrer, se for necessário!
São 44 anos caminhando, ora engatinhando, tombando, me reerguendo, ora voando (em Suas asas). Não é reflexão de aniversário. Mas um pensar típico de final de ano. E vem a frase a ser respondida por mim, para mim mesma... “Quem sou eu?”
Gosto da indagação! Faz-me parar, de vez em quando, e pensar. Sou do tipo que mexia nos móveis em casa por enjoar de vê-los sempre no mesmo lugar. Bobeira e perda de tempo seria, encher minha casa de armários grudados nas paredes, imexíveis! Gosto da mudança! Gosto do inusitado. Me pego, vez por outra, nostálgica, remexendo gavetas... mas aprendi também, a fazer a faxina necessária pra me desfazer daquilo que, sem eu perceber, já não me pertencem mais! Não me pertencem mais aquelas camisetas no fundo da gaveta que nem me lembro de olhar e usar. Muito menos de que existem. Não me pertencem mais aqueles papéis que teimo em guardar pra ler um dia depois, pois sei que se forem, de fato, importantes, estarão pra sempre guardados na memória do coração e se não forem lembradas, é porque já não me importo mais com elas. Não me pertencem mais, panelas, copos, pratos extras, e cacarecos encaixotados há mais de um ano que não fizeram falta e assinaram o atestado de inutilidade em meu lar. Não me pertencem mais quaisquer coisas que ocupem espaço físico, mas não ocupem espaço em meu dia-a-dia, não me sirvam, não me alimentem, de alguma maneira, ou o corpo, ou a alma, ou o espírito.
Só vou guardar comigo, daqui pra frente, aquilo que verdadeiramente me diz respeito. Que faz parte da minha vida, que denuncia a cumplicidade ou sua existência em meus momentos. Que esteve e está comigo, por nunca ter deixado de estar. As coisas mudam, o mundo dá voltas e nada sei daquilo que o próximo amanhecer vai revelar ao avançar um pouco mais a linha do horizonte. Então, fico cá aguardando... Fazendo minha RE-leitura e arrumando minhas gavetas...
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