Vamos conversar?

Vamos conversar?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Depois do fim, um sim pra mim



Mudanças não combinam só com o final de ano. Nem só com fechamentos de ciclos. Mas com inícios.

Todo dia é dia de iniciar um bom dia, a boa vida, o bem! Bem pra você que seja bem pros outros e vice-versa.

A vida não é curta demais que não caibam sonhos. Nem tão longa, assim, para postergá-los.

Algumas coisas vividas são tão boas, mas tão boas que a lembrança delas se bastam. Significam e se explicam, mesmo não existindo mais. Aquela certeza de ter feito tudo. Ter feito bem feito. De ter vivido de corpo e alma. De nunca ter desistido antes da hora.



Hora. Hora de olhar pro espelho e desejar construir novas lembranças. Que desejem sinceramente serem boas por si só. Não boas como as já existidas. Mas sem serem comparadas, com o direito de serem únicas!


Hora de olhar o caminho e desenhar passos. Mesmo que não se enxergue, exatamente, onde. Sim, saber onde se quer ir é fundamental. E cada um de nós sabe. Que mais tem a ver com um estado de espírito em paz, do que de um lugar. Mas, algumas vezes, a vista fica embaçada por lágrimas e não enxergamos onde pisamos. E é preciso seguir, mesmo assim, pois debaixo dos pés, parece haver areia movediça. E a certeza de que se estava na direção certa, de que o caminho percorrido era certo, dá por algum tempo, a estabilidade necessária pra seguir, ainda que num voo cego por algum tempo. Rumo direito.


A vida é um emaranhado de ciclos. E, ao mesmo que significam fins, anunciam novos começos. É igualzinho à transição da noite pro dia. E do dia pra noite. Pensava-se ver tudo tão claramente, a luz vai sumindo, se esvaindo e, tão qual lua nova, num breu total, nada se vê.

Então, persistindo em suportar o tempo, o tal do tempo que, dizem tanto, dá jeito pra tudo, devagarinho, a luz vai surgindo. Mansamente, invadindo. Até tomar conta de tudo, soberana.


Virão dias resplandecentes. Virão dias de mornaço. Dias claros, dias nublados. Mas dias se sobreporão às noites. E noites aos dias. É só uma questão de deixar o tempo ir e vir, no tempo dele.

A gente nunca entende um fim. Depois a gente compreende. O fim é só uma palavra de três letras que encerra um ato de teatro, junto com a cortina. A história toda teve início, teve um desenrolar pra chegar ao fim. E o que vai contar no final, até por um ato de sobrevivência, é guardar as boas lembranças. Jogar fora a parte que machuca. E seguir nele. O tempo.


Tentar não é algo que, somente arranque pedaços da gente, quando algo não dá certo. Deixa pedaços em nós, também. No outro. Isto se chama construção! Do que somos e do que seremos. Tentar é o ato contínuo de optar sempre pela vida. Mesmo que doa. Mesmo, que tantas vezes, não pareça fazer sentido. Tentar é a única certeza de não desistir. Quem não tenta, não vive. Crescer dói. Como as dores de crescimento. Transpor a placa do fim para iniciar resetado, dói. Mas vale à pena!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou? Compartilhe!

Quer comentar?
Clique em "comentários" e digite na janela que se abre. Selecione seu perfil no Google, aí é só publicar! Se quiser, identifique-se com seu nome ao final!

Obrigada pela visita! Logo mais, passo respondendo...