O custo de realizar sonhos depende do empenho em estar com o coração adiante no vasto horizonte e os pés cravados no chão, para que um vôo não seja queda na certa, tiro no escuro, salto no abismo.
Falando em abismo...
Acabei de ver um vídeo de meu amigo XX Junior. Ou Paulo Marins Junior, carioca, escalador, montanhista e sabedor da arte de bem viver. Ver vídeos assim me dá um ar um tanto saudosista... Vontade voltar pras trilhas... Sentir cheiro de mato, barulho de cachoeira, de dentro da cachoeira, avistar montanha à frente e os pés caminhando para alcançá-la! São cenários diferentes. Montanha, corrida, mar, matas. Neles todos, eu me encontro. Neles todos, eu me perco! Paixões levadas IN-TEN-SA-MEN-TE, como bem define minha amiga Rosimere Lima, falando de mim. É o intenso-exagerado que me faz ser muito num algo, num tempo. Por isso, digo, neles, me encontro, neles, me perco. Pois a dose sempre é intensa até uma overdose. Pena, pois depois, o tempo para me recompor do excesso, me deixa fora, distante de coisas simples que gosto tanto...
Voltando ao que dizia no começo, protelo, protelo, protelo e deixo o mais urgente e inadiável para o fim. Mas é hora de não fugir mais. Desgastante, mas necessário, mexer com papéis que se acumulam (Conhecem? Aqueles papeizinhos amarelos que indicam contas pagas em crédito ou débito?), e números que precisam ser juntados, somados, subtraídos para me darem a medida exata de onde estou, como estou, para onde vou...
Muita coisa feita. Semana passada, ainda em férias, fingi que estava na praia e dá-lhe piscina na companhia de novas amigas vizinhas. Acordar tarde, não, porque na praia acordo cedo pra aproveitar o dia. Porque se fosse chato, acordaria tarde pra não ver a hora se arrastar. E como há coisas sempre boas a serem feitas em férias, o relógio fica pequeno, pra tudo o que se quer fazer e a ora vooooooaaaa!!! Agora, com chuva mandada e até frio, creio que o recado ”lá de cima” é: contas! “Acerte logo isso aí, bote ordem pra seguir o ano...” Então, vou obedecer. Que pra sonhar, não basta olhar longe. Tem que olhar bem em volta da gente mesmo, saber onde se está pisando porque dinheiro não nasce de folha de árvore, mas em folha de papel suada e vai embora no vendaval!!!
São ciclos! Tipo: já vi este filme... Aliás, filmes a serem vistos, comprados pras férias, férias acabando e apenas dois vistos, três livros em processo de leitura (tenho de parar com esta mania de começar vários ao mesmo tempo!), contas me esperando, papéis pra serem jogados fora e o sol que está tímido lá fora, querendo dar as caras! Mas como ensinamos às crianças: “primeiro a tarefa, depois a diversão”! Humpt! Tão, ta!
Segue link do mesmo filme há cerca de um ano atrás:
http://clicandoeconversando.blogspot.com/2010/12/cartas-que-escrevi-pra-poder-voltar.html
CLICS são as capturas que fazemos de momentos. Imagens que congelamos e eternizamos. Palavras que imaginamos e lembramos. Numa junção e numa brincadeira gostosa de palavras e imagens, cartas são escritas, sonhos postos pra fora e a conversa acontece...
Vamos conversar?
Vamos conversar?
rsrsrs. Hei, Susi. Tem nada não. Você não é a única a ser assim. Numa estimativa muito, mas muito rasa, eu diria uns 80% das pessoas que conheço, incluindo eu, é assim. Aff. Pior é que ao ler a tua postagem, e mesmo não estando em férias, vi que preciso me organizar em vários lugares.
ResponderExcluirAgora, quanto a voltar para a trilha, Deus do céu. Nem fala isso. O tempo passou, e isso ficou lá atrás, num passado distante. Coisa de juventude. Mas que dá uma saudade, isso dá. Principalmente o contato com a natureza pura, não aquela enlatada, dos parques urbanos. O silêncio que toma o ambiente, o ar que te rodeia, puro, e o aguçamento dos sentidos. Você viver pelos instintos é algo que sobe a adrenalina só em pensar.
Perfeito. Sempre uma boa conversa por aqui.
Abraços, Susi.
Marcio