Quando aquieto, penso nas tantas fases, marés, revezes. São idas e vindas. Paradas. E tudo compõe a trama e o avesso de mim.
Engana-se quem pensa que no avesso, encontrará o meu contrário. Na verdade, o avesso é quem contém tudo o que preciso costurar, emendar, ligar fios e cores pra compor o meu “lá fora”! Do meu avesso dependo pra mostrar apenas o que quero mostrar. No meu avesso, escondo meus nós. É onde trabalho intensamente para que esteja perfeito o que eu tenha a oferecer de mim.
Meu avesso é onde eu realmente estou por inteiro. E se nele eu me esmerar em fazê-lo com tal zelo, sabem bem as bordadeiras, exceto pelos nós das emendas, é cópia do lado de fora. Não será um desenho feio, sem forma. Mas o esboço que permite ver o que virá para fora.
O avesso de mim sou eu sem cortes.
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