Vamos conversar?

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Maratonista... ser ou não ser? Eis a questão!

Lendo o blog da Revista contra Relógio
http://revistacontrarelogio.com.br/blogs/corredolatra/
encontrei, novamente, a discussão que eu havia acabado de comentar aqui no blog... sobre o título "maratonista". Inclusive, nos comentários, a polêmica costumeira quando o assunto é este, se fulano ou beltrano tem o direito de ostentar o título de maratonista, devido ao tempo que levou para concluir os 42,195km. Transcrevo pra cá o comentário que fiz, independente da concordância ou não de outros. Ressalto: é MEU ponto de vista!
Bem, antes que a introdução vire nova discussão vai aí o post:

“Bem interessante esta discussão! A propósito, desde que li sobre este assunto numa CR há uns meses atrás, venho pensando nisso!Se me dissessem sobre eu tentar uma maratona há 4 anos atrás, eu cairia na risada pois não imaginaria isso ser possível... Mas a corrida é uma atividade extremamente envolvente e vai de cada um, a dificuldade, os desafios, o PRAZER! Realmente, o tempo com que se conclui uma maratona denuncia se a pessoa "CORREU" uma maratona, ou se "percorreu". A questão, penso, é esta! Pois "medir" o grau de dificuldade ou realização que cada um possui é infinitamente absurdo!!! Estamos falando de seres humanos. E, embora eu concorde que concluí-la num tempo alto significa que se andou, trotou e não se "correu" a maratona, isto não tira o crédito de que a pessoa PERSEVEROU em algo que lhe era extremamente difícil, que dirá, impossível... Pois continuar quando praticamente quase toda a multidão da largada já terminou, convenhamos, tem que ser muito determinado em não desistir... Concordo que muita gente neste meio inscreve-se nas provas, sem saber ao certo o porquê! Vão no vácuo! Na minha opinião, isto é fato, basta olharmos ao redor, o meio das corridas de rua mistura o “banalizar” com o “popularizar”. As provas têm virado um desfile a céu aberto de marcas, grifes que nada se diferenciam de um shopping. Alguns correm por paixão, outros por modismo. Mas é indiscutível que isto colabora para o aumento do número de pessoas que, independente de seus motivos, procuram a prática da corrida de rua. Só uma coisa: e os corredores natos que pulsam corrida em suas veias e que não têm acesso às provas por falta de grana para pagar as inscrições? É o caso deste amigo que o Anderson cita, que supera 50 km brincando... Alguém quer discutir ou duvidar que ele “respira” corrida e que ela faz parte da sua alma?
Bem, penso que o “título de maratonista” extrapola o certificado, a medalha de conclusão, o nome estampado na divulgação de um caderno de resultados. É uma questão de alma, de se ter, ou não, espírito de maratonista, de tê-la como paixão, como algo que o move a buscar sonhos, impossíveis, a cada novo desafio. Há concluintes que terminam com tempo baixo e não possuem este espírito, são apenas rápidos, assim como há participantes de tempo alto que, sentindo todas dores imagináveis em seu corpo, vendo todos lhe ultrapassarem e as ruas esvaziarem, tendo de diminuir o seu ritmo, mais ainda do que já é lento, não param! Seguem! Pois, assim como seu tempo é bem maior que os demais, sua dificuldade também é infinitamente maior... Afinal, são 42,195km para cortar a pé! Sob todo tipo possível de adversidade. E isto, por si só, já é uma vitória!
Quanto aos cortadores e “gersons de plantão” que pensam que dão um jeitinho em tudo e ignoram e debocham dos treinos necessários para darem o melhor de si, bem... este tipo gosta de usar rótulos para se promover em qualquer situação! Do tipo que saem por aí se intitulando sem o serem. Quem é maratonista de verdade, sabe que estes não o são...
Concluo reafirmando um pensamento meu que não precisa ser o de outros, pois cada um é cada um. Para mim a palavra maratonista tem um quê de mágico! Representa um estágio inicialmente inalcançável, algo que nos parece extremamente improvável, lá longe... E que muita gente nos debocha quando deixamos escapar esta nossa ambição de chegar a ser. Por isso, penso que é algo meio sinônimo de utopia, do limite a ser alcançado e que, uma vez alcançado, nos remete automaticamente a outro inalcançável... Basta ver que ao, finalmente, concluir uma primeira maratona, já ficamos com os olhinhos brilhando imaginando a próxima... E se os 42 não forem mais desafio, busca-se a ultra. Então, concluo: Não é a medida em km que determinará o tamanho do seu desafio. Nem o tempo! Não encaro que o cara que vai passear nos 42 e depois sai a se vangloriar seja um maratonista. Mas gosto da idéia de atrelar esta palavrinha fascinante ao sonho que se abraça, ao desafio vencido.
Bem, é isso!”

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