Vamos conversar?

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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Lista - o tempo dividido em espacinhos...


Voltar aos tempos de escola - horário - divisão do tempo entre as disciplinas de escola e aquele mooooonte de coisas a fazer dentro e fora da escola.

Algumas vezes, muitas, tenho o sentimento de frustração por não distribuir bem o tempo. Por chegar a uma certa hora do dia e ver que o principal não fiz ainda. Que o que era pra ser o primeiro item da lista do dia ficou lá para o meio, ou para o final. E que ando não sabendo lidar com ele. O tempo!


Parece elementar. Tanto, tanto que parece ser bobo falar disso. Mas acontece. E acontece nas melhores famílias…. Ahaha!!

Quando a gente está aprendendo a lidar com a vida, laaaaaá pela idade escolar, pra gente aprender a se organizar com o tempo, inventaram um tal quadrinho cheio de divisões verticais e horizontais e o chamaram de “horário”. Lembram disso? Passaram até a colocar na primeira página de caderno como elemento inovador… Porque, quem é da minha época, sabe, a gente riscava com régua e desenhava este horário pra poder olhar.
Pra se organizar e se programar, não esquecer de levar o material daquela aula, lembrar de provas marcadas, pra gente se distribuir no tempo… Com o passar do tempo - ele próprio - a gente vai se desapegando destes artifícios, ou vai substituindo um por outros. Passa a usar agenda. E como usei! Aquelas de papel! Um dia por página. Com lista de prioridades para o ano, lista de contatos telefônicos (!), endereços (!!!), e espaços reservados por hora do dia para anotações de compromissos. Eu usava, também, religiosamente, para fazer meu controle financeiro. Meu orçamento anual e diário e manter minhas contas em ordem e sob controle. Funcionava.

Com o passar do tempo, a agenda de papel diminuiu de tamanho, passei a usar aquela minúscula de mão. Bastava. O orçamento, já planilhado em Excel, reproduzia o que eu já fazia e organizava com fórmulas, porcentagens, previsões, uma vez que era com isto que eu trabalhava. Planilhas, estatística, controles imensos de números.

Adepta a apaixonada pela tecnologia e sua aplicação na vida prática, larguei mão da velha agenda de papel. Adotei a agenda do Google no celular. Assim como agenda telefônica, lógico. E endereço pra quê se, hoje em dia, ninguém mais visita ninguém…

A planilha era só abrir o notebook, ultrabook, até mesmo o Excel no celular. Só. Para continuar a fazer este planejamento e controle. A agenda diária? Apesar de funcionar bem para compromissos assumidos ao longo do mês, reuniões, fisioterapia, consultas, ou algum evento especial, aquela agendinha diária começou a ficar esquecida. Sabe aquela? Das meias horinhas dia após dia. Cada meia hora do dia? Aquela que me faz organizar de qual é a primeira necessidade do dia, a segunda, a seguinte inte inte inte…

Lógico. Na correria do dia a dia, o piloto automático fica acionado e muita coisa acontece já por automação. Tipo. Acordaescovaodentebanholevaotufofazerxixivoltacaféchavedocarrobolsaesai. Entende? Sem estar de cabeça ou alma presente. Tipo. Só de corpo presente, mesmo. Robozinho, mesmo. Acorda, bateria recarregada, sai, faz todo o compromisso do dia, volta, bota o connector na tomada, apaga, recomeça tudo de novo no outro dia. E só.


Aí, quando saio desta rotina, dá uma pane. Se sobra tempo, perco o tempo. Se perco o tempo, pareço ficar dando voltinhas no mesmo lugar. Quem se lembra da enceradeira que quando tinha sua alça travada em pé, ficava rodando em torno de si mesma, sem sair do lugar? Assim. Esta sou eu. Quando a uma certa altura do dia (ou da vida!) me pego perdida e perdendo tempo. Despriorizando a prioridade. Enrolando. Grudando a parte sentadora, demasiadamente demais sem sair do lugar. No espaço e no tempo. E fazendo de conta que aquele importantíssimo pra mim, não vai fazer falta se, de novo, passar mais um dia sem eu por minha mãozinha nele.


Cabe a cada um nomear este seu “importantíssimo”. Secretamente, bem sei os meus. E dentre estes, necessário eu separar meias horinhas para cada um, meias horinhas a mais para os mais importantes e parar com esta sentação demasiada.

A começar.
1. Xixi do Tufo (total dependente de mim pra uma necessidade natural e primordial)
2. Alimento. Espírito. Alma. Físico (parece clichê, mas funciona assim pra mim)
3. Trabalho essencial. Que pode ser aquele lá fora que gera renda (que paga as contas!) e pode ser aquele “tão amado” que mantém o viveiro em ordem. Tipo. Lavalouçalimpafogãocozinhaáreadeserviço. Arrumacamaajeitaoquartosofácozinha. Juntalixodobanheiropiadacozinhalevanalixeiradopredio.
E etc, etc, etc…

Não sei se já contei aqui. Tenho uma lista de títulos pra escrever. Sim. De historinhas! Que surgem, às vezes do nada, de uma prosa com alguém, de um passar por um lugar, e um ouvir, de um olhar e que registro pra não perder. E aí, fico pensando que a velha lista continua funcionado. Não é mais a velha agenda de papel. Minha agenda hoje, assim como meu bloquinho de anotações, de registros e escrever todas as histórias do blog são todas feitas no meu celular. Assim como ele. Um “importantíssimo” todo escrito num dedo só que deslizou, contando histórias de uma viagem. E que andou deixado de lado. E que nesta minha lista de resoluções, puxo de volta pra cima.

Não foi de todo perdido. Eu escrevi, escrevi, escrevi enquanto viajei e escrevia a cada dia,nas passagens. Quando retomei, escrevi incessantemente, também. Neste tempo de paragem, li muito, assisti muito, ouvi muito. Absorvi. Aprendi. Respirei.


Hora de tirar a parte sentante da cadeira, como bem me puxou a orelha, um amigo e ir pra mesa. Botar um velho sonho de volta nela e terminar de lapidar. Pois, como eu mesma hoje escrevi para uma nova amiga, semeadora de sonhos, não basta sonhar e realizar. Tem de compartilhar. Porque assim, o sonho de uma pessoa só se multiplica, ganha asas e ninhos. É experimentado por outros. E a gente vira meio mãe, meio pai de outros realizadores de sonhos… E se a gente só sonhar e realizar, o sonho vai pra gaveta!! Cria teia de aranha E morre...

Minha próxima historinha : as meias horinhas do meu dia!

9 comentários:

  1. Muito bom estas "meias horinhas" de papo!

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    1. Ter meias horinhas resume bem a necessidade de não ser só uma coisa o tempo todo... Distribuir-se no tempo.... Eu ainda aprendo!

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  2. Em meia horinha de indecisão perdi a constelação inteira. Indecisão minha.

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    1. Amigo anônimo. Não terá sido a indecisão, uma forma de decisão silenciosa?

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  3. Ameiiiii Susi, tempo bom é também aquele que você compartilha com alguém....

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    1. Esta parte estamos craques né, Eliane! Compartilhar. Falar. Ouvir. Ler. Trocar. Poder ver através do outro é uma forma de ver também Talvez, para atiçar a ir também E, mais Mais e além....

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  4. Oi, Susi! Inspirador pra retomar bons hábitos! Beijo, Luís Cláudio.

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    1. Que grata visita meu amigo MacGyver! Sim senhor! Está paragens rendem boas reflexões. Como nas trilhas... Decidir caminhos. Retomadas de uns. O deixar de outros para se dar a oportunidade de vislumbrar horizontes novos!

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