O que vira na virada desta página?
Páginas amarelas deixadas pra trás.
Será que sei quais são?
Luzes pipocando no céu!
Estouros anunciando que o velho se foi…
Foi.
Luzes apontando inícios!
Tantos sonhos pela frente…
Tantas vontades de caminhos diferentes.
Tantas curvas. Tanta subidas que me sugam a força, extenuadamente! E que, logo em seguida, me devolvem toda ela…
Este suor derramado não é em vão! Aprendo suando. Aprendo chorando. Aprendo gargalhando. De toda forma aprendo. E é nisto que tenho e tento me concentrar. Porque sem suar, sem passar pelo que tenho de passar, não aprendo. Apenas passo. E passa o tempo.
Algumas coisas me foram e me são ensinamentos preciosos!
Acampar me ensinou que não há necessidade de tanto para viver, dormir, viver, ser feliz. Além disto é excesso e supérfluo.
Viajar em bicicleta ensina que você tem de levar o necessário consigo. O necessário. É preciso aprender a desapegar. Deixar pesos desnecessários. Porque naquela subida comprida, este não desapego vai te cobrar com suor a mais! E pode doer…
A bicicleta ensina a ir um passo de cada vez. Um pé. Depois outro. De novo, o primeiro. De novo, o outro. Sem desistir! Pode ser uma marcha lenta. Mas funciona! O velho “devagar e sempre”!
As viagens me ensinam sempre. Diferenças. Conflitos. Problemas. Ser prático pra solucionar. E, se solucionado está, próxima etapa, por favor. Logo vem outra curva. Outra subida. E é preciso ter foco e minimizar o que se resolve, rapidamente, com o plano A… B… C…. Se preciso for, o alfabeto inteiro! Porque é preciso flexibilidade pra não quebrar. E a vida é um compêndio de mini viagens que se somam formando uma.
Ainda há muitas, muuuuuuitas coisas que não entendo. E me surpreendo porque, realmente não é a insolução que permanece. E sempre que estou no meio de um afogamento, vejo que não vou me afogar. Vejo que muita onda já passou. Vejo que muita coisa já compreendo. E isto abranda a inquietude do coração.
Hoje é mais um primeiro do ano. Mas as coisas todas desejadas e almejadas não tem de acontecer todas hoje! Pelo contrário.. Precisam ser semeadas no caminho. Não todas de uma vez só. Pois precisamos colher o ano inteiro…
O ano virou. De verdade, gosto mais de quando vira o dia! O dia é imediatamente seguido de outro e outro. Uma sucessão de novas chances a cada dia. Me parece que a virada de ano tenha lá uma cara de campanha política. Muitas promessas no ardor dos estouros e relampejos que cegam. “Ano que vem vai ser melhor!” “Eu prometo! Eu prometo!” E passa o primeiro dia, o segundo e nunca vem o prometido…
Bom mesmo é reconhecer que todo dia é um novo ano que se inicia. O próximo 365 dias seguintes. E que bom mesmo é acordar a cada dia com a vontade renovada, permitir-se a chance do “outra vez”, do “outra coisa”, do caminho novo, do caminho velho, do continuar caminhando.
Porque o ano vira só se você virar a esquina, a página, a curva seguindo em frente!
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