Vamos conversar?

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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

A hora do espelho



Eu te seguro e você me segura.

Ok?


Minha força vem de algo muito além de mim.


No interior reside minha força. A que nunca me abandona.


Não fosse assim, ai de mim!


Fé. 

Gentileza.

E tantas palavrinhas que viram modinha mas precisam ser vividas verdadeiramente, muito mais no coração e ação do que em publicação.


Existem momentos singulares. Únicos. Onde tudo some à volta e fica ali você e você. Nada mais. Sem poder fugir, o diálogo se inicia. 


Momento duro este, não?


O diálogo mais revelador é este. A sós, se ouve a si mesmo. Este serzinho que você sempre deixa pra depois. Pra quando sobrar tempo. E se deixa engolir por ele, o tempo e pela "falta" dele.


Ironicamente, nestes momentos, é como se você se deparasse com no espelho. E pah! Desse de cara com um estranho. Senhor, senhora, senhorita, rapaz. 


Rapaaaaaazzz! Quem é esse aí??? Estranha o estranho. A estranha. E ele parece chatamente, repetir todos os movimentos que você faz. Te tirando... Demora pra você perceber a brincadeira. Não é brincadeira. É você!


Refeito do choque, inconformado, você, ainda contrariado, esboça um "oi, você aí".


Senha dada. A conversa acontece. Tímida. Mas sedenta de acontecer. 


  • Por onde você esteve?

  • Quem? Eu?

  • Ué. Quem mais?

  • Oras… Andei ocupado. 

  • Ocupado… Com importâncias? Ou desimportâncias?

  • Óbvio. Importâncias. Quer dizer…

  • Quer dizer?

  • Calma. Me deixe pensar!

  • Sim?

  • Acho que andei correndo pro lado errado da vida…


Conversa que vai e promete.

Bom quando isso acontece a tempo de inverter a corrida. Melhor. De desacelerar esta corrida. E brisar um pouco. Refrescar-se e perceber o tempo de olhos fechados, somente.


Neste estar a sós, revelações acontecem. Os teus próprios segredos, escondidos e abafados abaixo de sete palmos de pesadas pedras. Porque certos segredos vão gerar um desconforto gigante em você. Te provocando decisões. Mudanças. E, afinal. Quem é que quer ter o trabalho de mudar alguma coisa, se o cômodo caminho do "de sempre", vai no piloto automático. Não requer nem pensamento, nem emoção. Quem é louco de querer pensar e sentir…


Eu.




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