Vamos conversar?

Vamos conversar?

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

ALMA CICLOVIAJANTE - Uma aventura pelo Vale Europeu - Lançamento do meu livro



CONVITE

É com imensa satisfação e alegria que venho, hoje, anunciar o lançamento do meu livro!
ALMA CICLOVIAJANTE – Uma aventura pelo Vale Europeu.
Para quem já me conhece há tempos, acompanhou minha primeira cicloviagem em janeiro de 2015 e sabia que este livro estava sendo escrito durante a viagem, agora terei a honra de compartilhar deste momento tão especial com todos os amigos que se fizerem presentes!
Aos que estão entrando na história agora, sintam-se convidados, também! A cicloviagem é apenas o pano de fundo desta história... Que cada um pode fazer parte!
Coffe break de Lançamento – ALMA CICLOVIAJANTE – Uma Aventura pelo Vale Europeu
Quando? 12 de dezembro às 20 horas.
Onde? SESC – Centro - Rua Fernando de Noronha, 264



"Contadora de história que sou, trago neste livro a aventura experienciada em minha primeira cicloviagem pelo Circuito do Vale Europeu, em Santa Catarina.

Esta aventura foi programada para pôr em prática duas viagens: a exterior, percorrendo um circuito pioneiro no Cicloturismo no Brasil, que dispensa apresentações, e a viagem interior que todo viajante vivencia, onde planejei registrar, através de relatos diários escritos durante a viagem, todas as emoções vividas em tempo real. Estas duas viagens resultaram em relatos onde o leitor poderá viajar comigo, experimentando o suor, o cansaço misto com prazer de vencer as subidas e se esbaldar com o vento na cara e o friozinho na barriga nas descidas marotas. Poderá partilhar das conversas, das boas risadas, do turbilhão de sentimentos provocados por vivenciar o acolhimento de pessoas, do deslumbre diante de paisagens, ao mesmo tempo, tão simples e singelas e tão majestosas. E acompanhar o encontro comigo mesma, através deste tempo onde, sozinha, deparei-me com esta companhia sempre presente. Eu e Deus.

A aventura foi realizada numa viagem solo, em janeiro de 2015, de maneira autônoma, ou seja, sem suporte de pessoas, transportes ou companheiros de viagem. Nos moldes do cicloturismo em que o próprio viajante planeja, define e busca seu itinerário, decide seu tempo de viagem, suas paradas, replaneja, se necessário, enfrentando todas as aventuras do caminho sozinho. O que, dependendo do ponto de vista, pode ser chamado de problemas, ou gratas surpresas. Eu opto pelo segundo nome!

Para adentrar na viagem, propriamente dita, conto um pouco da história de como esta mulher foi parar no meio do cicloturismo. Contrariando as expectativas comumente esperadas para alguém com seu perfil, por ter sofrido um sério acidente que a impossibilitou de andar por sete meses, justamente quando havia acabado de graduar-se em Educação Física. Saindo de uma vida sedentária de uma maneira bastante inusitada, adentrando no mundo da corrida devido ao encontro inesperado no parque de sua cidade com um personagem que a fez, após dezenove anos, sair correndo. E perceber seus olhos voltarem a brilhar diante de seu encantamento por reinventar a vida... Construindo degraus com todas as pedras do caminho.



Uma história que fala de cicloviagem. Mas não é de cicloviagem. Vai além. O Circuito do Vale Europeu é o pano de fundo de uma história escrita em sua própria vida, relembrada e tão bem desenhada por estas linhas e caminhos, concomitantemente. O desbravar estrada afora permitiu o desabrochar adentro. Uma viagem para cada leitor se identificar em detalhes sutis narrados pela menina, pela mulher, pela mãe e filha e pela viajante, percebendo-se, enfim, personagem de sua própria história!"

domingo, 10 de novembro de 2019

Você também toma café frio?



Perguntinha estranha, não?
Explico.
Café, off course, é bebida quente. Ok que ando experimentando uns cafés gelados, como se fossem coquetéis saborizados, mix com frutas, ervas e sabores que acabam resultando numa bebida boa, refrescante e com o delicioso do meu inseparável café!

But.

Fazer café de manhã, significa obrigatoriamente tomar café quente. Não? Não. Por quê?

A hora que vou pra cozinha preparar o café, geralmente, já estou com a cabeça a mil. Mil futuros a dar conta e mil atrasados do passado a fazer. Mil tarefas. 



Já ouviu falar de homem-cobra x mulher-polvo? Consegue deduzir o porquê? Aquela veeeeeelhaaaa mania feminina de fazer mil coisas ao mesmo tempo. Quem nunca? Fez ou já viu sua companheira,a presença feminina da família te dando até tontura de rodar a casa feito furacão, rodopiando preparando o café da manhã, pondo o café para fazer, recolhendo o esparramado pela casa, escovando o dente, dando comida pro cachorro, se maquiando, trocando a roupa, pegando a chave, perdendo a chave, achando de novo, caçando o óculos de sol, de grau, voltando pra ver se o café está pronto, conferindo a bolsa, chamando os filhos para irem para a escola, enchendo sua caneca de café, pondo roupa na máquina pra lavar, chamando os filhos de novo, levando o dog pra fora pra dar seu passeio matinal, voltando pra dentro de casa, procurando sua bolsa, chaves e óculos, lembrando que esqueceu de carregar o celular e procurando o carregador, lembrando do café e… Café frio?

Vai assim mesmo!



Eu sou adepta desta cena. Já até acostumei. Naquela vibe de café gelado, gourmet, chique, saboroso, peculiar, diferenciado, moderno, inovador, vai assim mesmo. Quando não dou uma requentada bem da sem vergonha no microondas. Que me parece crime maior que tomá-lo frio.

Café frio?

Lógico. Falo de café, mas não falo somente de café frio. Falo de tantas outras coisas que birrentas, jogamos fora por terem esfriado. E que, na verdade, mantém seu sabor. Só um pouco modificado. E que necessitam, somente, serem repaginados com uma certa criatividade, um sabor a mais, um olhar e apreciar diferente. Que reformatem o café clássico, o de sempre, opinioso que não muda nunca. Nem de marca, nem de xícara ou caneca, que não aceitam mudança alguma. Que parecem ser autênticos clássicos do bom paladar. Mas que, com isso, deixam de vestir roupagens diferentes. Deixam de oferecer e experimentar em si mesmos, sabores diferentes.

Estou ainda falando de cafés?

Off course que não. 



Falo de pessoas. De vidas. Que tal qual o cafezinho clássico, sempredomesmojeito, leva a vida seeeeeempre do mesmo jeito, também. Porque assim está bom. Sempre deu certo. Receita que não falha. Fórmula exclusiva e excludente.

Pode ser que seu café da manhã esteja precisando sentir sabores diferentes. 
Pode ser que o café frio tenha algo a oferecer.
Pode ser que seja preciso mudar a marca, a canecapreferdadetododia, experimentar oportunidades que lhe pareçam café frio. E que sejam, exatamente, o ingrediente faltante de um cardápio que te alimente corpo, alma, sonhos e buscas.

Experimente.



sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Sobre lugares. (Que sempre acaba sendo sobre pessoas!)



Sou de uma geração que via imagens por revistas, livros. Com o passar do tempo, pela TV P&B. Depois em cor. É.
Hoje, parece ser inconcebível isso tudo.
-Como vivíamos?
-Como sobrevivíamos?
Diriam alguns...
Dificuldades nos davam encanto.
Instigavam a busca.
Parecia ser inapalpável.
Mas eram desafios.

A avalanche de informações que nos chegam parecem dar um conforto que nos transportam facilmente ao outro lado do planeta. Porém, virtualmente. Enquanto tanta gente se anima, bota mochila nas costas e vai, outros se contentam em assistir pela tela. Que outrora era aquela da TV. Hoje, no celular. Célula. E o mundo inteiro fica cabendo na página da mão. Porque é fácil.. Cômodo. Não suja. Não cansa. Não passa frio. Nem calor. Nem se suja. Nem gasta 🙄🙄🙄🙄 este dinheiro que você acaba gastando noutra coisa. E acaba gastando o dobro, o triplo, não com saúde. Mas com doença...

Ironia pura.

Não há nada maior do que estar ao vivo, a cores, presente.
Não há nada melhor do que viver presencialmente.
Não há nada que pague respirar ares dos lugares com os quais sonhamos.
Não há foto de melhor resolução no planeta que transmita a emoção de estar diante e presente em lugares visitados, anteriormente, pelo pensamento.

De que adianta tanta capacidade de imaginar, pensar, se não houver o agir?
De que adianta falar, discursar e não fazer?
De que adianta tecer planos mil para o dia que aposentar, o dia que sobrar dinheiro, o dia que EuMerecer?

Pra quem não se decide agir, sempre saberá uma desculpa na manga a ser disparada.
Não tenho tempo agora.
Tenho de trocar férias por dinheiro (esta é a pior. Não há dinheiro que pague sofrimento de adoecer e morrer vivendo. Ou viver morrendo. Já que dá no mesmo!)
Não ganho o suficiente.
Tenho de pensar nos outros primeiro.
Querer ser mártir na vida dos outros,  abnegando a si mesmo, só Jesus.  Porque o ser humano fazMAScobra. Com certeza e sem sombra de dúvidas. E o feitocontantoamor é jogado na cara, um dia... "Mas eu deixei de fazer uma faculdade. Deixei de viajar. Deixei de ir tantas vezes ao cinema. Deixei de dançar. Deixei de seguir meus sonhos por... VOCÊ???"

Um discurso tão lindo e romântico e poético que só denuncia algo. O alvo de tanta dedicação era um outro. Nunca você. E, pior. Puramente, por livre arbítrio.

Deixa eu falar?

A CULPA NÃO É DO OUTRO!

As decisões tomadas foram tuas.
Quem não seguiu seus sonhos foi você.
Quem não se presenteou como merecia foi você.
Quem decidiu seguir morna na vida foi você.
Passar da metade da vida sem certezas de proezas autenticamente SUAS para si mesmo é como passar pela vida sem viver.
Passar por qualquer fase da vida sem realizações autênticas, idem.
A diferença é o tempo?
Atrás ou à frente?
Vai depender não da quantidade de minutos computados na linha do tempo. Não. Não a linha do tempo do Facebook (OMG!). Mas dos minutos apropriados, integralmente, para se viver.

Vegeta-se em vida.
Carrega-se um corpo dias adentro, vida lá fora, pelo acostamento. Sem passar pela estrada real da VIDA. Vendo os passantes passarem como se fosse uma TV. E você, ironicamente, "controle remoto" em mãos, achando ( só achando...) que tem o controle nas mãos... Controle nas mãos??????

Então, quem abriu o textão e chegou até aqui, deve estar pensando. "E esta foto? Por quê desta foto? Não vai falar dela, não?"

Falo.

Podia ser apenas foto de calendário de folhinha de parede (para os mais antigos). De calendário de mesa ( para os burocráticos). De descanso de tela ou área de trabalho) para os workholics. De fundo de tela de celular (para os ultra conectados... à tela do celular). Foto de capa, de perfil dos outros ( para os que sabem tudo do mundo e da vida dos outros... Virtualmente)

Mas não é.

Laaaaaaaaaaaaá atrás, nalgum dia, eu não imaginaria estar diante desta preciosidade e peculiaridade da humanidade. Ouvir falar é uma coisa. Estar lá é outra.
É como se você mergulhasse através da tela da TV, do cinema e de espectador, num PLIM, passasse a ser personagem daquele filme que você assistia. Há muitos lugares que me encantam, independente de sua importância histórica, sua relevância, ser uma atração no rol das maravilhas do planeta. Estes todos onde eu sempre fiz questão de fazer a minha marquinha (quem adivinha?) por serem especialmente marcantes.

Este lugar espetacular esconde, ao mesmo tempo em que desvenda, mistérios, segredos e conhecimentos incompreensíveis a nós. Nos sentimos grandes e minúsculos ao mesmo tempo. Tudo ali milimetricamente pensado, planejado e elaborado, desde paredes, desde a disposição, desde sua localização e ao seu redor, o que lhe dava condições de ser vigiado de cima das montanhas... Sua história compreende raciocínios que nos chegam a ser inenarráveis.

Bem. Eu poderia desembrenhar linhas a fio e ninguém que lesse com toda atenção, sem jamais ter ido, seria capaz de sentir, visualizar, compreender. Porque certas coisas (as coisas certas) não se aprende de ouvir falar. Aprende-se indo viver.

Frases clichês há um monte. Mas... Uma vez na vida, desapegue-se do falarpraFORA e fale praDENTRO. Desapegue-se do mostrar infinitamente prosOUTROS, faça secretamente um pouco por você. Não discurse. REALIZE. Desapegue-se da SELFIE. Observe à volta. Sem clica mecânicos e digitais. Grave memórias no coração. Não fotografe (somente) sua face. Mas olhe-se, profundamente, lá dentro. Não fale palavras impactantes para os outros. Mas estabeleça um diálogo simples e franco consigo mesmo. Não cobre bons dias dos outros. Deseje (e empenhe-se) a construir o seu bom dia que, inevitavelmente, converterá em bom dia ao outro.

Neste tempo de tanto mostrar-se afora, há muita falta de olhar-se adentro.
REconheça-se. Pode ser que você leve um susto.